Boto-cor-de-rosa: um risco de extinção
A principal ameaça a esse incrível cetáceo é a pesca da piracatinga, que ele é utilizado como isca para captura de outros peixes.
![]() |
O boto-cor-de-rosa mergulha em busca de mais uma presa. Fonte da imagem: misterioamazonia. |
VAMOS DESCOBRIR...
✅ Canal no Youtube | Inscreva-se AGORA ✅
OUTRAS ESPÉCIES E HABITAT
O boto-cor-de-rosa, ou também conhecido como boto-vermelho, boto-branco, boto-rosa, etc., tem o seu nome científico de Inia geoffrensis, das bacias dos rios Amazonas e Solimões. Existem outras espécies se distribuem na sub-bacia Boliviana (I. boliviensis) e na bacia do rio Araguaia (I. araguaiaensis).
![]() |
Fonte da imagem: National Geographic Brasil. |
Por possuírem um corpo muito flexível viverem em ambientes fluviais, onde precisam ser ágeis para desviar de obstáculos e para capturar
suas presas. Sus
nadadeiras peitorais são grande podendo realizar movimentos para trás com muita facilidade, o que o ajuda a se movimentar no meio de raízes e troncos de árvores
caídos no fundo dos rios amazônicos.
MORFOLOGIA DO BOTO-COR-DE-ROSA
É
o maior golfinho de água doce, e um dos cetáceos com dimorfismo sexual mais
evidente, com os machos medindo e pesando 16% e 55% mais do que as fêmeas.
Os adultos apresentam uma coloração rosada, mais proeminente nos machos. Como outros odontocetos, possui um órgão chamado melão utilizado para ecolocalização.
Os adultos apresentam uma coloração rosada, mais proeminente nos machos. Como outros odontocetos, possui um órgão chamado melão utilizado para ecolocalização.
![]() |
Fonte da imagem: g1.globo. |
A
coloração dos botos varia com a idade. Nos jovens e recém nascidos, a coloração é cinzenta escura. Quando adultos adquirem a famosa coloração rosada.
AS AMEAÇAS DE EXTINÇÃO DOS BOTO-COR-DE-ROSA
Sannie Brum, pesquisadora do Instituto Piagaçu (Ipi), recebeu apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza para se juntar a 35 comunidades pesqueiras do Amazonas e estudar a pesca da piracatinga, peixe muito apreciado na Colômbia, mas desvalorizado no Brasil por se alimentar de animais em decomposição.
A atividade utiliza golfinhos como isca, sendo o boto-vermelho, também conhecido como boto-cor-de-rosa, a principal vítima da prática.
A mortalidade do boto está bem acima de qualquer limite seguro para sua conservação na região. Teoricamente, se até 16 espécimes morrem anualmente, sua preservação está garantida. Com a pesca da piracatinga, são mortos de 67 a 144 botos-vermelhos.
Por conta da exportação para a Colômbia, a atividade pesqueira em torno da piracatinga é importante fonte de recurso para a população local. E, apesar do baixo valor comercial, a produtividade é alta, na área de pesquisa, o volume é de, no mínimo, 15 toneladas por ano. Mas, segundo Sannie, se nada for feito, o boto-vermelho vai acabar como o golfinho de água doce chinês, que foi declarado extinto em 2007.
A reprodução lenta do boto contribuiu para sua vulnerabilidade. Após dez meses de gestação, as fêmeas cuidam de seus filhotes por quatro anos. Fiscalização e programas de educação ambiental são alternativas apontadas pelo grupo de pesquisa para evitar a extinção da espécie.
![]() |
Fonte da imagem: bioventuraecoturismoanimal. |
Por ser uma espécie bastante evasiva, segundo a IUCN, não há dados suficientes para classificá-lo em uma categoria de risco de extinção. Mas pesquisadores acreditam que o risco é grande, mas sem estudos mais aprofundados fica difícil saber como é o estado de conservação desse incrível animal.
Referências
Da Silva, V. (2002) Amazon River Dolphin - Inia geoffrensis. In: Encyclopedia of marine mammals (Perrin WF, Würsig B, Thewissen JGM, eds.) Academic Press, San Diego, pp. 18-20.
Sites: National Geographic Brasil; infoescola.
Nenhum comentário: