A loucura animal
Nos últimos sete anos, a bióloga
americana Laurel Braitman pesquisou a demência de cães, gatos, elefantes ou
golfinhos. Nesta entrevista ao site de Veja, ela conta sua jornada pela
história da insanidade animal e explica de que forma os bichos nos ajudaram,
também, a compreender a mente e as emoções humanas.
Aos 6 anos, Oliver, um grande cão bernese que adorava brincar de esconde-esconde, atirou-se do quarto andar do prédio onde vivia. Ansioso por estar sozinho no apartamento, ele arrancou o aparelho de ar-condicionado da parede, comeu a fiação, jogou-se pelo buraco e, milagrosamente, sobreviveu. No hospital, olhando os ferimentos de seu cão, a bióloga Laurel Braitman resolveu entender o que se passava pela cabeça de Oliver para chegar a essa atitude extrema.
![]() |
Pixabay/Domínio Público. |
Procurou veterinários, psiquiatras, psicólogos e neurologistas e passou os
últimos sete anos pesquisando animais
que, como o seu bernese, apresentavam transtornos mentais.
Encontrou elefantes com ataques de ansiedade, ursos depressivos, gorilas com
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ratos e papagaios com tricotilomania (o
impulso de arrancar os próprios cabelos) e golfinhos suicidas.
"Identificar e entender a insanidade animal e ajudá-los a se recuperar diz muito sobre nossa
humanidade.
Quando estamos ansiosos, raivosos, assustados ou compulsivos mostramos o quanto somos surpreendentemente iguais às outras criaturas com quem dividimos o planeta", diz Laurel.
- Cachorros: os melhores companheiros
- Cachorro sem olhos vira cão de terapia e leva conforto para doentes
Quando estamos ansiosos, raivosos, assustados ou compulsivos mostramos o quanto somos surpreendentemente iguais às outras criaturas com quem dividimos o planeta", diz Laurel.
DEMÊNCIA ANIMAL
No
livro Animal Madness
(Loucura Animal, sem edição em português), lançado nos Estados Unidos, a
bióloga, que também é especialista em história da ciência pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), reconstrói a história da demência animal e conta
como transtornos mentais de macacos, ratos, cachorros ou gatos impulsionaram a
compreensão da mente humana.
Foram eles as cobaias para testar os primeiros antidepressivos ou ansiolíticos inventados. E, da mesma maneira que nossa compreensão a respeito de distúrbios mentais evoluiu ao longo dos anos, o entendimento do cérebro e comportamento animais vem passando por uma revolução.
De acordo com Laurel, a ciência não questiona mais se os animais têm emoções, mas se interroga, atualmente, que tipo de emoções são essas e de onde vêm.
Foram eles as cobaias para testar os primeiros antidepressivos ou ansiolíticos inventados. E, da mesma maneira que nossa compreensão a respeito de distúrbios mentais evoluiu ao longo dos anos, o entendimento do cérebro e comportamento animais vem passando por uma revolução.
![]() |
Fonte da imagem: Planeta Sustentável. |
De acordo com Laurel, a ciência não questiona mais se os animais têm emoções, mas se interroga, atualmente, que tipo de emoções são essas e de onde vêm.
Nesta entrevista ao site da revista Veja, a autora, que esteve no Brasil em
outubro para acompanhar a conferência TED
Global, no Rio de Janeiro, conta como foi sua jornada para desvendar a
história da demência animal. E explica de que forma essa compreensão mudou
também sua visão a respeito dos seres humanos.
Parabéns e obrigada por essas maravilhas.
ResponderExcluirPor nada Jack, é sempre bom saber que tem pessoas gostando das nossas postagens.
ExcluirEquipe BioOrbis.
Parabéns por essas maravilhas. Obrigada.
ResponderExcluirPor nada Jack, é sempre bom saber que tem pessoas gostando das nossas postagens.
ExcluirEquipe BioOrbis.
Muito bom esse artigo.
ResponderExcluirInteressante não é mesmo Celina? Que bom que gostou.
ExcluirGrande abraço, Equipe BioOrbis.
Excelente artigo pras pessoas que pensam que os animais não possuem sentimento algum e que podem ser tratados de qualquer maneira, parabéns ao site, que além deste ainda possui inúmeros artigos interessantes, abraços!
ResponderExcluirDisse tudo amigo. Muitas pessoas acham mesmo que os animais não tem sentimentos nem alma, o que é um absurdo. Temos que respeitá-los como iguais.
ExcluirAgradecemos muito pelo comentário. E pode ter certeza muitos outros artigos ainda estão por vir, interessantes e surpreendentes. Fique ligado!
Grande abraço,
Equipe BioOrbis.