ENGENHARIA HUMANA: COMO FOI A EVOLUÇÃO DOS MEMBROS DOS NOSSOS ANCESTRAIS?

Braços e mãos, pernas e pés, a locomoção dos seres humanos ao longos das eras.

https://www.bioorbis.org/2017/05/engenharia-humana.html
Imagem de kinkate por Pixabay

VAMOS DESCOBRIR...

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Locomoção pela braquiação


Embora longos cinco a dez milhões de anos tenham se passado desde que os distantes ancestrais dos humanos se balançassem nas árvores, ainda temos evidências do modo de locomoção por braquiação. A braquiação, locomoção feita balançando-se pelas árvores suspenso pelos membros anteriores, é acompanhada por modificações estruturais. A clavícula, é grande e firmemente ligada ao esterno, trazendo, portanto, estabilidade para os ombros. 

No membro anterior, por exemplo, os braquiadores são caracterizados por longos braços com mãos para agarrar. Embora sejam mais curtos do que os dos primatas que ainda dependem da locomoção pelas árvores, nossos braços, entretanto, são relativamente longos comparados com aqueles de outros vertebrados.

Se ficarmos confortavelmente em pé com os braços esticados ao lado, nossos dedos alcançam abaixo da nossa bacia. Por outro lado, se os membros anteriores de um animal não braquiador, os dígitos II até IV formam um gancho, com o qual agarram galhos acima da cabeça. Sem pensar em nada especial, usamos esse mesmo projeto confortável para agarrar a alça de uma mala carregada ao nosso lado. O braço muda de uma posição acima da cabeça para a lateral, mas o modo empregado para agarrar é o mesmo.

Anatomia e evolução dos membros


Nos vertebrados cursoriais como os gatos, a clavícula é reduzida. Porém, nos braquiadores como os macacos, a clavícula é um elemento estrutural conspícuo do ombro que atua transferindo o peso do corpo para o braço. Nós, Homo sapiens também mantemos essa clavícula conspícua.

O projeto de nossos membros posteriores e da cintura pélvica acomoda os compromissos com a nossa postura bípede ereta. O canal de parto, a abertura envolvida pelas cinturas pélvicas esquerda e direita, através do qual o infante passa durante o nascimento, é largo, especialmente nas fêmeas de humanos.

Esse canal acomoda o tamanho grande do crânio do infante. Porém, o alargamento da bacia para acomodar um canal de parto adequado posiciona as cabeças dos fêmures muito longe e fora da linha de centro do peso do corpo. Uma curvatura no fêmur logo acima dos joelhos permite que os membros balancem diretamente abaixo do corpo.

Nossa postura bípede e os movimentos da perna como um pêndulo resultam em mudanças no projeto do pé. Os macacos hominoides mantêm um pé posterior com capacidade de agarrar, com um dedo grande projetado.

Em nós humanos, o polegar é alinhado com os outros dígitos do pé de forma que, conforme os membros são balançados abaixo do corpo, podem ser posicionados próximos da linha da trajetória sem enganchar o polegar projetado na perna oposta.

Nossos pés formam um arco, um modo de alargar a base de sustentação sobre a qual fica a parte superior do corpo. O arco também muda a geometria do pé. Conforme inicia o passo durante a caminhada, estende o tornozelo mais longe do que se o arco estivesse ausente.

Referência
Kardong. Vertebrados, Anatomia Comparada, Função e Evolução. 2011

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