TOXINAS EMPRESTADAS: A CURIOSA INTERAÇÃO ENTRE A COBRA E O SAPO

Vamos apresentar a vocês uma amiga, mas cuidado com ela, essa serpente é capaz de usar suas defesas com o veneno de suas próprias presas.

Fonte da imagem: Repina Tatyana, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons

VAMOS DESCOBRIR...

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A serpente asiática Rhabdophis tigrinus abastece suas defesas com toxinas armazenadas na presa natural que consome, um sapo venenoso (se ela já consegue predar um animal venenoso então já não é coisa boa concordam?).

O sapo e as glândulas tóxicas


Esse sapo possui glândulas de pele tóxicas para a maioria dos vertebrado, mas essa serpente pode tolerar essas toxinas. Puxa! Que animal resistente. De fato, com a digestão do sapo, a serpente sequestra essas toxinas  para serem transferidas para glândulas nucais (localizadas no pescoço) especiais.

O sapo japonês (Bufo japonicus). Fonte da imagem: Yasunori Koide, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Quando a serpente é mordida por um predador, essas glândulas no pescoço explodem, liberando o conteúdo tóxico que produz uma queimação desagradável ou até mesmo cegueira, se for esguichada nos olhos, dissuadindo ou impedindo o atacante.

A serpente e seu arsenal químico


Existem até mesmo algumas evidências de que a serpente fêmea pode passa as toxinas para os seus jovens embriões, equipando os jovens com um arsenal químico de defesa já pronto quando nascerem.

O comportamento de sequestrar toxinas nos invertebrados já é bem conhecido, porém, essa descoberta em R. tigrinus pode levar à descoberta de sistemas semelhantes em outras serpentes que se alimentam de anfíbios com glândulas venenosas na pele.

Referência
Kardong. Vertebrados, Anatomia Comparada, Função e Evolução. 2011.

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