QUAL A ORIGEM E A HISTÓRIA DO CANÁRIO-BELGA?

Ninguém certamente haverá de querer em sua casa um urubu de estimação. Mas quase todo mundo gosta de ter um canário trinando na gaiola, ou um alegre papagaio tagarelando num poleiro.

Canário com coloração amarela. Foto: Cleverson Felix.

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Essas aves, como muitas outras, perderam a liberdade por serem belas demais. Por seu canto ou sua plumagem, foram condenadas a viver no cativeiro. Cabe a nós agora cuidar deles com todo carinho e amor, para pagar o que nossos antepassados fizeram.

O canário-belga, o pequeno cantor


O canário-amarelo (Serinus canaria), da ordem dos passeriformes, família dos Fringilídeos, perdeu a liberdade desde o século XVI. Italianos que o ouviram cantar nas matas das ilhas Canárias, Madeira e Açores, de onde o pássaro é originário, ficaram tão encantados, que levaram alguns deles para sua terra. Logo o canário domesticado se tornou a mais comum das aves de gaiola. Enquanto o exemplar selvagem tem as penas verdes, com matrizes cinzentos e amarelados na cabeça e no dorso, o canário doméstico tem a plumagem geralmente amarela (veja na foto na entrada da postagem), com cambiantes de alaranjado ou esbranquiçado, também podendo ter a cor canela.

Mas o que faz do pequeno pássaro a mais querida ave de gaiola não é tanto a beleza de suas penas, senão o seu canto, melodioso e variado, enriquecido com a imitação das vozes de outros passarinhos. Os canários nobres de Harz, por exemplo, criados em viveiros na Alemanha central, são os maiores cantores da família e conseguem imitar, com perfeição, o canto do rouxinol, ouvido ao vivo ou em gravação.

Em plena liberdade, os canários são fiéis ao cônjuge, quando aprisionados, tornam-se geralmente polígamos. Em contraposição sua fecundidade decresce sensivelmente: três ou quatro ninhadas por ano.

A domesticação atinge não só os hábitos do canário-amarelo, mas também seu tamanho. Enquanto o exemplar libre mede geralmente 13 cm, o domesticado atinge até 20 cm de comprimento.

Não é difícil realizar o cruzamento do canário com outros pássaros, como pintassilgo, verdelhão ou tentilhão. Embora, na maioria dos casos, o produto do cruzamento seja estéril, os especialistas obtiveram, por esse processo, grande variedade de espécies, que se distinguem pela forma, tamanho, plumagem, cores e canto. O canário flamengo, por exemplo, tem a voz e a melodia comparáveis, em beleza, às do rouxinol. Já o canário parisiense, bem como o holandês, distingue-se pela plumagem macia e ondulada. E há um canário cuja característica é a corcunda.

Dos parentes selvagens do canário-amarelo, um chama particularmente a atenção: o chamariz (Serinus serinus), caracterizado pelo dorso verde oliva e peito cor de outro. É encontrado na região noroeste da África, na Europa central e na Ásia Menor.

Um pássaro britânico


O pintassilgo (Carduelis carduelis), juntamente com o dom-fafe (Pyrrhula pyrrhula), é passarinho comum nos céus da Inglaterra. Mas houve um tempo em que o número de seus aficionados cresceu tanto, que os pintassilgos chegaram a tornar-se raros. Foi preciso promulgar uma lei proibindo a captura, indiscriminada desses pássaro. Só podiam ser vendidos os exemplares identificados com um tipo de anel, símbolo de sua origem no cativeiro.

No Brasil, a espécie mais difundida de pintassilgo é o Hemithraupis guira, que ocorre desde a Bahia até o Sul do País. Seu alimento diário é semente de capim, facilmente encontrado de maio a agosto. Nos outros meses, o pássaro emigra para a região meridional, à procura de insetos. Quando cativo, dá-se bem com alpiste e painço (cereal da família das Gramíneas).

Sua cor predominante é o preto. Cruzado com o canário europeu, dá como resultado o pintagol, um pássaro de canto muito bonito. O pintassilgo-da-Venezuela (Spinus occullatus), cruzado com outros canários origina um exemplar de traços vermelhos. Esse híbrido é geralmente estéril. Os poucos que são férteis têm filhotes de cor avermelhada.

QUAIS AVES POSSO TER EM GAIOLA COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO?


Muitos podem achar que a prática de aprisionar o pobre animal em uma gaiola é bem cruel. Em certo ponto sim, mas como o exemplo do canário belga, ele não existe mais na natureza, devido ao intenso comércio feito pelos colonos nas ilhas Canárias no passado. Ou seja, só nos resta agora é tratar bem desses pequenos animais e manter sua carga genética viva.

Para curiosidade, se você se interessar por outros tipos de aves, aqui vai uma pequena lista das quais você pode ter em casa:

- Periquito Australiano (Melopsittacus undulatus);
- Agapórnis (Agapornis);
- Calopsitas (Nymphicus hollandicus);
- Diamante do Gould (Erythrura gouldiae);
- Calafate (Lonchura oryzivora).

Como podem ver, todas são aves exóticas. Agora para aves da nossa fauna nativa, se você pretende criar uma, existem leis e vários cadastros pelo IBAMA (também há para as exóticas). Abaixo deixaremos os sites:

- Instrução Normativa Ibama 03/2011 (criador de fauna exótica): PDF.
- Criação amadora de passeriformes da fauna silvestre brasileira (Sispass): ibama.gov.br.
- Criação amadora de fauna exótica: ibama.gov.br.

Referências
AMARAL, Maria Aparecida; AZEVENO, Dinah de Abreu; BIFANO, Maria Elisa; CUNHA, Mirian; FRANÇA, Luiza Ana; GLEICH, Mirna; HEIN, Yone F. Exotic birds - A pocket companion. 1999. Livraria Nobel S.A: Aves ornamentais: guia prático. 99-1854. CDD-589.2.
Novo Conhecer. Editora Abril S.A Cultural e Industrial. São Paulo, 1977.

2 comentários:

  1. Olha, eu adoro os agapornis, para mim são um dos pássaros mais bonitos e amorosos que tem na natureza. Eles conseguem facilmente criar uma afinidade com os donos e ficam bem mansinhos. Obrigado pela postagem :)

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    1. Olá Agapornis,

      Primeiramente agradecemos pelo comentário e por ter gostado da nossa postagem. Realmente os Agapornis são aves incríveis. E que bom que você os ama.

      Um grande abraço, Equipe BioOrbis.

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