DESCUBRA A HARPIA: A RAINHA DA FLORESTA

Pelas densas árvores e por entre galhos e folhas, ela se destaca. Uma predadora implacável, que impõem respeito pra quem vê. Venha conhecer um pouco mais sobre a Rainha das Florestas.

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A Rainha das Florestas. Pixabay/Domínio Público.

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A Harpia, ou uiraçu, ou também gavião real, tem o nome científico de Harpia harpyja. É a maior ave de rapina da América do Sul. Mede cerca de 105 cm, com envergadura de até 2 m, pesando cerca 4,8 kg para o macho e 7,6-9 kg para a fêmea. O manto e papo são negros, o peito e a barriga brancos.

Registros históricos da Harpia


Registros históricos para Minas Gerais mostram que ela já ocorreu em Lagoa Santa, Curvelo e na região do Parque Nacional do Caparaó.

Por volta de 1960 ocorria ainda regularmente ao norte do rio Doce; em 1937 nidificou em Pontal, perto de Colatina, no Espírito Santo; em 1973 um casal foi observado durante alguns meses no alto Itatiaia (RJ); no Rio Grande do Sul, até 1958, apareciam durante o verão exemplares migrantes.

Em 1996 um ninho de foi encontrado na Reserva da Companhia Vale do Rio Doce em Linhares (ES). Em santa Catarina a espécie é rara, provavelmente extinta, os registros de campo são escassos e a ameaça à sua população aumenta progressivamente em consequência da supressão das florestas. No Paraná também é a mesma situação, havendo pouquíssimos registros de campo e figura na “Lista Vermelha de Animais Ameaçados de Extinção no Estado do Paraná”.

Mas sua maior ocorrência de registros é na região Amazônica, em extensas áreas de florestas, onde ainda encontra maior variedade de presas para sua alimentação.

Alimentação


Suas enormes e poderosas garras são capazes de caçar a preguiça-real, macacos-prego, bugios, filhotes de veados, cutia, caititu, tatus, mutuns, araras, seriemas e outros animais.

Reprodução


Nidifica no alto de árvores frondosas. Seu ninho consiste em uma enorme plataforma, onde macho e fêmea empilham fortes e grossos galhos. A postura consta de até dois ovos, mas somente um filhote sobrevive.

Os cuidados com a alimentação e defesa do filhote podem durar entre 6 a 8 meses. O imaturo alcança a maturidade sexual e a plumagem do adulto com aproximadamente quatro anos de idade.

A cabeça é provida de um longo topete bipartido; manto e papo pretos; peito e barriga brancos. As fêmeas são maiores que os machos e sua envergadura pode alcançar dois metros.

PRINCIPAIS AMEAÇAS PARA A ESPÉCIE


Devido ao fato da espécie estar associada a extensas áreas de matas de grande porte, a principal ameaça à espécie é a destruição de seu habitat, que nos últimos anos vem diminuindo drasticamente em todo país.

Uma segunda ameaça seria a sua caça por fazendeiros, já que a harpia tem condições de matar criações de animais domésticos, como bezerros, ovelhas, cães, entre outros. A captura de adultos e filhotes também acontece, pois trata-se de uma ave de rapina imponente e cobiçada entre os índios e colecionadores.

ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO PARA HARPIA, A RAINHA DAS FLORESTAS


Uma melhor proteção das extensas áreas de mata onde a espécie ainda pode ocorrer, a realização de estudos em campo que visem determinar sua ocorrência em outros locais ao longo de sua área de distribuição atual e conhecer melhor a sua biologia são mediadas que devem ser tomadas a curto prazo.

Como ação preventiva, deve-se fazer um controle mais rígido dos desmatamentos e queimadas em sua área de distribuição. Uma eficaz estratégia de conservação e manejo da espécie, a médio e longo prazo, é a sua reprodução em cativeiro, que vem sendo desenvolvida em alguns zoológicos e criadouros conservacionistas do país.

Referências
Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas. 1998.
ANDRADE, M.C.M. 1997; Ficha de ave: Harpia harpyja. Uiraçu 1(1):4.
Paraná. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 1995. Lista vermelha de animais ameaçados de extinção no estado do Paraná. Curitiba, SEMA/GTZ. 177 pp.
PINTO, O. 1952. Súmula histórica e sistemática da ornitologia em Minas Gerais. Arquivos de Zoologia 8(1):1-51.
ROSÁRIO, L. A. 1996. As aves em Santa Catarina: distribuição geográfica e meio ambiente. Florianópolis, FATMA. 326 pp.
RUSCHI, A. 1978. Mamíferos e aves do Parque Nacional do Caparaó. Boletim do Museu de Biologia Professor Mello-Leitão 95:1-28
SICK, H. 1997. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro, Nova Fronteira. 912 pp.
SICK, H & D.M. Teixeira, 1979. Notas sobre aves brasileiras raras ou ameaçadas de extinção. Publi. Avulsas Museu Nacional 62:1-39.

2 comentários:

  1. tendo conciencia do mundo maravilhoso q nos vivemos temoe q dar a mao a palmatoris quando um cantor americano vem cantar worderfulword sem mesmo conhecer profundamente o brasil que e banhado de aves e animais maravilhosos.

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    1. Olá Jose Carlos Ignacio,

      Disse tudo, nosso Brasil tem belezas únicas e raras.

      Agradecemos pelo comentário, um forte abraço.

      Equipe BioOrbis.

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