Pterossauros: os répteis voadores da era dos dinossauros
Venha descobrir um pouco mais sobre esses animais
pré-históricos incríveis, os pterossauros.
VAMOS DESCOBRIR...
Os Archosauria deram
origem a duas irradiações independentes de animais voadores. As Aves constituem
uma dessas linhagens e sua similaridade com outros Archosauria é tão marcante
que, se tivessem desaparecido no final da Era Mesozóica, seriam consideradas
apenas mais um grupo de Archosauria altamente especializado. A outra linhagem
de Archosauria voadores eram os Pterosauria do Triássico Superior e do Cretáceo
(Figura 3). Variavam desde Pterodactylus,
do tamanho de um pardal, até Quetzalcoatlus (Figura 2) que possuía uma envergadura de 13 metros.
A estrutura das asas dos Pterosauria era completamente diferente daquela das aves. O quarto dedo dos Pterosauria era alongado e sustentava uma membrana de pele fixa às laterais do corpo e, talvez, aos membros pélvicos. Um pequeno osso em forma de tala conectava-se à margem distai do carpo e, provavelmente, sustentava uma membrana que se estendia para a frente até o pescoço.
Os primeiros pterossauros Rhamphorhynchoidea possuíam uma cauda longa com uma porção expandida na extremidade, presumivelmente utilizada na navegação, mas os últimos Pterodactyloidea não possuíam cauda.
A estrutura das asas dos Pterosauria era completamente diferente daquela das aves. O quarto dedo dos Pterosauria era alongado e sustentava uma membrana de pele fixa às laterais do corpo e, talvez, aos membros pélvicos. Um pequeno osso em forma de tala conectava-se à margem distai do carpo e, provavelmente, sustentava uma membrana que se estendia para a frente até o pescoço.
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Figura 2. Quetzalcoatlus. Fonte da imagem: deviantart |
Os primeiros pterossauros Rhamphorhynchoidea possuíam uma cauda longa com uma porção expandida na extremidade, presumivelmente utilizada na navegação, mas os últimos Pterodactyloidea não possuíam cauda.
EVOLUÇÃO PARALELA ENTRE OS PTEROSSAUROS E AVES
As demandas mecânicas
para o voo estão refletidas na estrutura dos vertebrados voadores, e não é
surpresa que os pterosauros e aves possuem um alto grau de evolução paralela.
Os ossos longos dos pterossauros eram ocos, como nas aves e em muitos outros
Archosauria, reduzindo o peso com pouca perda de resistência. O esterno, ao
qual se ligam os poderosos músculos do voo, era bem desenvolvido nos pterossauros,
embora não apresentasse a quilha vista nas aves (Um esterno quilhado não é
essencial para o voo - os morcegos têm um esterno plano).
Os olhos eram grandes e moldes das cavidades encefálicas dos pterossauros mostram que as porções do encéfalo associadas à visão eram grandes e as áreas olfatórias, pequenas, como nas aves. O cerebelo, que se relaciona ao equilíbrio e à coordenação dos movimentos, era grande em proporção às outras partes do encéfalo, assim como acontece nas aves.
Os olhos eram grandes e moldes das cavidades encefálicas dos pterossauros mostram que as porções do encéfalo associadas à visão eram grandes e as áreas olfatórias, pequenas, como nas aves. O cerebelo, que se relaciona ao equilíbrio e à coordenação dos movimentos, era grande em proporção às outras partes do encéfalo, assim como acontece nas aves.
AS ESPÉCIES DE PTEROSSAUROS
Alguns pterossauros
perderam os dentes e desenvolveram um bico semelhante ao das Aves. Outros
possuíam dentes cônicos e afiados, em um crânio arredondado, que recorda o dos
morcegos. Alguns pterossauros com crânios alongados e dentes fortes e afiados
podem ter capturado peixes ou pequenos tetrápodes. Pterodaustro (Figura 3) possuía um focinho extremamente alongado, dotado de um
arranjo de dentes finos que lembrava a forma de u m pente e que pode ter sido
utilizado na coleta de pequenos organismos aquáticos. Dsungaripterus (Figura 3) tinha maxilas longas que se uniam nas extremidades
como um par de pinças. As extremidades das maxilas provavelmente eram cobertas
por um bico córneo e dentes rombudos ocupavam a porção caudal da maxila.
Esses animais podem
ter retirado caracóis de rochas com o bico e os triturado com seus dentes
largos. Thalassodromeus sethi (Figura 4), um
pterosauro do Cretáceo Inferior do Brasil, tinha maxilas alongadas sem dentes
um bico interno com lâminas afiadas na extremidade rostral.
Essa forma é similar aos bicos de aves vivente conhecidas como peneiradores. Essas aves voam próximo à superfície da água e mergulham o bico para capturar peixes e crustáceos próximos à superfície; Thalassodromeus pode ter tido um estilo de caça semelhante.
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Figura 4. Thalassodromeus sethi. Fonte da imagem: markwitton-com |
Essa forma é similar aos bicos de aves vivente conhecidas como peneiradores. Essas aves voam próximo à superfície da água e mergulham o bico para capturar peixes e crustáceos próximos à superfície; Thalassodromeus pode ter tido um estilo de caça semelhante.
A CAPACIDADE DE VOO DOS PTEROSSAUROS
A capacidade de voo
dos pterossauros tem sido debatida há muito tempo e a maioria das hipóteses
relativas à sua ecologia foi baseada na premissa de que eram voadores ineficientes.
Essa premissa levou a sugestões de restrições de atividades e de habitats dos pterossauros
que parecem improváveis para um grupo de animais que foi, claramente, diversificado
e bem sucedido ao longo de grande parte da Era Mesozoica.
Uma análise aerodinâmica sugere que a capacidade de voo dos pterossauros foi subestimada. Essa visão sugere que os pterossauros de pequeno porte eram voadores lentos e manejáveis como os morcegos. Os pterossauros de grande porte parecem ter se especializado em planar como as fragatas e alguns abutres.
Uma análise aerodinâmica sugere que a capacidade de voo dos pterossauros foi subestimada. Essa visão sugere que os pterossauros de pequeno porte eram voadores lentos e manejáveis como os morcegos. Os pterossauros de grande porte parecem ter se especializado em planar como as fragatas e alguns abutres.
COMO OS PTEROSSAUROS CONSEGUIAM VOAR?
Especulações sobre as
habilidades de voar dos pterossauros dependem da suposição que se faça sobre a
forma de suas asas. Ela estendia-se exteriormente até a extremidade do quarto
dedo, mas onde estava presa ao corpo? Ela terminava na cintura ou estendia-se
até os membros pélvicos, como acontece nos morcegos? A estrutura da asa pode
ter variado entre os pterossauros.
Um fóssil de Pterodactylus mostra que a asa estava ligada, pelo menos, até a coxa enquanto que um fóssil extremamente bem preservado de Sordes pilosus (Figura 5) de sedimentos do Jurássico no Cazaquistão, mostra que os membros pélvicos estavam envolvidos nas estruturas de voo. A asa dessa espécie estava ligada ao longo da face externa do membro pélvico até o tornozelo e outra membrana de voo - o uropatágio - estendia-se entre os membros pélvicos e era controlado pelo quinto dedo. Esse grau de envolvimento dos membros pélvicos com as asas deve ter limitado seu desempenho na locomoção terrestre (como é o caso dos morcegos) e Sordes deve ter sido um caminhador desajeitado, em superfícies planas, mas um bom escalador de rochas e árvores.
Figura 5. Sordes pilosus. Fonte da imagem: en.wikipedia.org |
Um fóssil de Pterodactylus mostra que a asa estava ligada, pelo menos, até a coxa enquanto que um fóssil extremamente bem preservado de Sordes pilosus (Figura 5) de sedimentos do Jurássico no Cazaquistão, mostra que os membros pélvicos estavam envolvidos nas estruturas de voo. A asa dessa espécie estava ligada ao longo da face externa do membro pélvico até o tornozelo e outra membrana de voo - o uropatágio - estendia-se entre os membros pélvicos e era controlado pelo quinto dedo. Esse grau de envolvimento dos membros pélvicos com as asas deve ter limitado seu desempenho na locomoção terrestre (como é o caso dos morcegos) e Sordes deve ter sido um caminhador desajeitado, em superfícies planas, mas um bom escalador de rochas e árvores.
Fósseis de pterossauros não mostraram claramente a estrutura tridimensional do pé, sendo que as reconstruções sobre sua locomoção, no solo, são apenas especulações. Um fóssil de Dimorphodon (Figura 6), um pterossauro primitivo descoberto no México, mostra detalhes da estrutura do pé que eram desconhecidos até então. O modo como os ossos do pé se articulam mostra que o Dimorphodon colocava o seu pé completamente no solo durante a locomoção, como fazem as aves, ao invés de caminhar sobre os dedos, como os dinossauros bípedes.
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Figura 6. Dimorphodon. Fonte da imagem: prehistoricbeastoftheweek. |
Essa interpretação condiz com os rastros fósseis que se acredita representarem os pterossauros, e que mostram impressões do pé inteiro, bem como marcas das mãos.
Referência
POUGH, F. Harvery;
JANIS, Christine M; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora São
Paulo, 2006.
Para finalizar veja um vídeo do canal Eu coleciono dinossauros, sobre A Origem dos Pterossauros - Paleopédia #9:
E já decidiram se eles tinham pelos ou penas?
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