Você sabia que os gatos foram domesticados com carinho e comida?
Um
novo estudo descobriu que a facilidade em conseguir comida e a necessidade de
carinho levaram os gatos
a prezarem a convivência com humanos.
VAMOS DESCOBRIR...![]() |
Pixabay/Domínio Público. |
Um grupo de cientistas americanos e europeus comparou o genoma de gatos selvagens e domésticos e mostrou que as principais diferenças entre os dois estão em genes ligados às sensações de prazer, recompensa e à memória.
A RELAÇÃO ENTRE GATOS E HUMANOS
De acordo com os pesquisadores, a genética desses bichos oferece pistas que
explicam sua domesticação.
O estudo foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
A relação dos gatos com os humanos é recente: o vestígio arqueológico mais antigo do convívio entre esses animais e os homens tem apenas 9 mil anos e foi encontrado no Chipre. Sabe-se que na China, os felinos vivem com os fazendeiros há pelo menos 5 mil anos. No entanto, os gatos eram apenas uma boa estratégia para acabar com pragas ao redor das casas, como roedores e insetos, e não animais de estimação.
"Gatos, ao contrário dos cachorros, são apenas semi-domesticados",
explica o geneticista Wes Warren, da Universidade Washington em Saint Louis,
nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo. "Apenas nos últimos anos
eles se diferenciaram das espécies selvagens e alguns ainda cruzam com seus parentes das
florestas. Por isso, nos surpreendeu encontrar em seu DNA as evidências da
domesticação."
GATOS: SEM MEDO DOS HOMENS
Analisando o genoma de felinos selvagens e domésticos, os pesquisadores
encontraram 13 genes diferentes. Eles estão envolvidos, principalmente, no
crescimento de células ligadas aos centros de recompensa do cérebro e no
desenvolvimento de neurônios que produzem dopamina, neurotransmissor associado ao
prazer.
Alguns deles também estão relacionados aos sistemas que condicionam o medo e a memória. De acordo com os pesquisadores, essas são as características biológicas que promovem comportamentos essenciais para o processo de domesticação.
"Nossa hipótese é que os homens ofereceram comida aos gatos como uma
recompensa para seu trabalho de controladores de praga", afirma Warren. As
mudanças no genoma sugerem que o cérebro dos gatos domesticados é adaptado para
perder o medo dos homens e buscar prazer nesse contato. As alterações na
memória também indicam respostas à alimentação e ao carinho oferecido pelos
humanos.
O LADO SELVAGEM DOS GATOS
O estudo também demonstra que a natureza caçadora dos felinos não foi eliminada com a convivência com os homens. Eles possuem pelo menos seis genes que dão a eles uma ampla frequência auditiva, característica de predadores.
O genoma dos gatos domésticos também mostrou mutações que fornecem uma visão e olfato apurados - sentidos essenciais para que exercessem o papel de controladores de pragas.
O mapeamento do genoma felino que possibilitou a análise dos pesquisadores veio do Instituto de Pesquisa do Genoma Humano, financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde americanos (NIH, na sigla em inglês).
Desde 2007, os pesquisadores estão sequenciando também o DNA dos gatos, em uma
espécie de "Projeto Genoma Felino". O objetivo inicial era estudar
doenças hereditárias em gatos que são semelhantes a algumas doenças que atacam
os homens, como transtornos neurológicos, infecciosos e metabólicos, para entender
seu funcionamento.
No entanto, o conhecimento do genoma felino também trouxe informações sobre a evolução genética dos animais ao lado dos humanos. "Usando a tecnologia mais avançada de sequenciamento genético conseguimos jogar luz no que faz com que o gato tenha biologia e habilidades de sobrevivência únicas. Assim, conseguimos dar um primeiro passo significativo para o conhecimento de sua evolução e domesticação", afirma Warren.
No entanto, o conhecimento do genoma felino também trouxe informações sobre a evolução genética dos animais ao lado dos humanos. "Usando a tecnologia mais avançada de sequenciamento genético conseguimos jogar luz no que faz com que o gato tenha biologia e habilidades de sobrevivência únicas. Assim, conseguimos dar um primeiro passo significativo para o conhecimento de sua evolução e domesticação", afirma Warren.
Referências
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos Organismos, classificação, estruturas e função nos seres vivos . 1ª edição. Editora Moderna, 1998.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. Volume único. Editora Saraiva, 2006.
Sites: Planeta Sustentável
Para finalizar veja um vídeo do canal Canal BUSTV, sobre Como cuidar da alimentação dos gatos?:
Que saudade do meu gato Romeu ,ele morreu de velhice com 19 anos em novembro de 2015 .
ResponderExcluirQue triste Mariazinha Leonardo, mas 19 anos viveu bastante e sei que você cuidou muito bem dele e ele com toda certeza agradeceu com todo carinho e bondade.
ExcluirAbraços,
Equipe BioOrbis.
Apreciei o conteúdo em apreço, sobre os gatos, embora conhecesse muitas das suas capacidades genéticas e físicas, mas adorei poder tomar conhecimento de muitas das capacidades. até porque adoro animais,principalmente gatos. Manuel Freitas
ResponderExcluirOlá Manuel Freitas, realmente eles são incríveis não é mesmo? Suas habilidades e sua carga genética são impressionantes. Agradecemos pelo comentário, um grande abraço.
ExcluirEquipe BioOrbis.