O primo brasileiro do Tiranossauro rex
O Pycnonemosaurus nevesi é
um dinossauro da família dos Abelisauridae que viveu há cerca de 70
milhões de anos no território brasileiro correspondente hoje ao Estado do Mato
Grosso. Cientistas brasileiros concluíram, através de uma nova pesquisa, que a
espécie tinha 8,9 metros da cabeça à ponta da cauda.
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O
primo brasileiro do Tiranossauro rex, Pycnonemosaurus nevesi. Fonte da imagem: meioinfo.eco.
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A descoberta do primo brasileiro do Tiranossauro rex
A equipe de cientistas analisou fósseis de 37 dinossauros da família Abelisauridae, que reúne carnívoros bípedes, de fortes membros posteriores e crânios cobertos com sulcos e depressões.
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Figura 2. Tyrannosaurus
rex. Fonte da imagem: newatlas.
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Com a descoberta, o Pycnonemossauro brasileiro ultrapassa por um
metro o dinossauro argentino Carnotaurus sastrei,
que os pesquisadores acreditavam ser o maior membro do grupo dos Abelisauridae. Portanto, agora o
dinossauro brasileiro é o maior exemplar da família Abelisauridae, “primo” dos temidos Tyrannosaurus rex (Figura 2).
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Confusão nos tamanhos dos dinossauros
“Há muita confusão nas
estimativas do tamanho dos dinossauros, pois os métodos utilizados divergem de
um trabalho para outro. Anteriormente, o Pycnonemossauro brasileiro
havia sido descrito como um dos menores de seu grupo. Conhecer o tamanho de um
dinossauro é importante para nossos estudos, como de paleoecologia e
biomecânica” […] “O mais comum é que as espécies descritas pelos
pesquisadores tenham seu tamanho estimado por meio de proporções diretas,
feitas com regra de três que comparam os ossos de outros dinossauros. O método
é geralmente impreciso, já que as medidas corporais variam bastante entre os
animais”, explica Grillo.
Para uniformizar a dimensão das espécies analisadas
no estudo, a equipe de Grillo e Delcourt utilizou um mesmo método em todos os
fósseis. Foram feitas regressões lineares baseadas no tamanho das vértebras e
tíbia, cujas correlação com o comprimento corporal total é de 95 a 98%.
“São valores muito
altos, o que indica que o cálculo é muito preciso”, disse Orlando.
Os gigantes predadores
O nome Pycnonemosaurus significa ‘lagarto da mata densa’, em alusão ao
Mato Grosso, onde os fósseis da espécie foram encontrados em 1952. O animal,
que vivia na Chapada dos Guimarães era tido como o segundo maior dinossauro
brasileiro, perdendo apenas para Oxalaia (Figura 3),
um terópode de 12 a 14 metros de comprimento que viveu há 95 milhões de anos onde
hoje é o Maranhão.
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Figura 3. Oxalaia. Fonte da imagem: ru.extinct-animals.wikia. |
O Carnotauro
argentino (Figura 4), que até então era descrito como o maior desse grupo de dinossauros,
com 7,8 metros de comprimento, é conhecido por ser uma das espécies descritas
no livro Mundo Perdido, de Michael Crichton, que inspirou o grande vilão
de Jurassic World, último filme
da série Parque dos Dinossauros, o dinossauro Indominus Rex.
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Figura 4. Carnotauro
argentino. Fonte da imagem: defondos.
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Sua
aparência é marcante, com chifres no topo da cabeça, mas em comprimento, como
descobriu a equipe brasileira, ele perde em pouco mais de um metro.
A
pesquisa também identificou que as espécies da família Abelisauridade cresceram ao longo de sua evolução. A suspeita
é que eles tenham acompanhado o aumento de tamanho de suas presas.
Referências
POUGH, F. Harvery; JANIS, Christine M; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora São Paulo, 2006.
Sites: meioinfo.eco.br; newatlas; ru.extinct-animals.wikia; defondos.
Sites: meioinfo.eco.br; newatlas; ru.extinct-animals.wikia; defondos.
Olá, a referência é meioinfo.eco.br
ResponderExcluirObrigado!
Abraço.
Olá Alison,
ExcluirObrigado por corrigir. Um forte abraço.
Equipe BioOrbis.