Vocês já ouviram falar no furtivo rato-do-bambu?
Vamos apresentar a vocês esse pequenino roedor
especializado em comer brotos de bambu.
Fonte da imagem: Ricardo indio, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons |
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O rato-do-bambu (Kannabateomys amblyonyx) é um grande rato, com cerca de 25 cm de comprimento cabeça-corpo e 32 cm com a cauda. Ocorre habitualmente em bambuzais e taquarais, preferencialmente dentro das matas, alimentando-se de brotos destas gramíneas.
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Pesquisas sobre o rato-do-bambu
Em uma pesquisa feita
na Argentina, foi observado que o rato-do-bambu ocorre mais frequentemente em
bambuzais localizados próximos à água, construindo ninhos no chão, ao pé das
moitas de bambu. Parece viver em áreas bem definidas, ocorrendo em pequenos
grupos familiares, com dois adultos e um ou dois filhotes.
Em um trabalho
realizado em bambuzais exóticos (Bambusa
tuldoides) na Reserva Biológica de Poço das Antas, RJ, os pesquisadores
verificaram que o rato-do-bambu é um roedor noturno, com pés e mãos finamente
adaptadas ao hábito arborícola e ao manuseio do alimento.
Defende territórios por meio de vocalizações e vive em pequenos grupos familiares formados por uma fêmea com um (talvez dois) filhotes e um macho, cujo território abrange o de uma ou duas fêmeas.
Defende territórios por meio de vocalizações e vive em pequenos grupos familiares formados por uma fêmea com um (talvez dois) filhotes e um macho, cujo território abrange o de uma ou duas fêmeas.
No ambiente estudado,
os espécimes sempre utilizam-se de ninhos formados ao acaso no interior das
moitas de bambu, a uma altura mínima de aproximadamente dois metros do solo. Sua
alimentação é exclusivamente de brotos de bambu, sendo que sua época de
reprodução está relacionada com o período de brotação vegetativa dessa
avantajada gramínea.
O hábito arborícola e
a dieta específica de baixo valor energético, aliado à imobilidade e lentidão
de movimentos na presença de um observador (comportamento críptico), sugerem
que o rato-do-bambu, possui baixo metabolismo. A espécie é de difícil
visualização, sendo que as sobras de brotos de bambu roídos sobre o solo ou as
marcas de predação deixadas em colmos jovens da planta, denunciam sua presença
nas áreas onde ocorrem.
Segundo pesquisas
feitas por Silva (1993), o rato-do-bambu só se reproduz uma vez por ano, cada
fêmea gerando usualmente apenas um filhote, que leva praticamente um ano para
alcançar a maturidade.
Dos seis animais estudados neste estudo, apenas dois machos sobreviveram após o períodos de um ciclo biológico, não havendo, pois, reposição da população por reprodução. Os animais mortos e necropsiados apresentavam um quadro de severa inanição, o que pode estar ligado a uma adaptação fisiológica imperfeita do rato-do-bambu a espécies exóticas de bambu.
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Dos seis animais estudados neste estudo, apenas dois machos sobreviveram após o períodos de um ciclo biológico, não havendo, pois, reposição da população por reprodução. Os animais mortos e necropsiados apresentavam um quadro de severa inanição, o que pode estar ligado a uma adaptação fisiológica imperfeita do rato-do-bambu a espécies exóticas de bambu.
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Principais ameaças ao rato-do-bambu
A extrema
especialização alimentar do rato-do-bambu, somada à rarefação e/ou concentração
de recursos, leva a uma singularização deste roedor, que pode estar sofrendo
certo constrangimento genético.
Na região da Reserva Biológica de Poço das Antas, o rato-do-bambu, que pode alcançar até 600 g de peso, era caçado como alimento, principalmente em bambuzais exóticos, tradicionalmente usados como demarcação de limites de propriedades. É possível que essa situação se repita nas áreas remanescentes de Mata Atlântica em Minas Gerias, onde a espécie ainda ocorre. Sua situação na IUCN é de pouco preocupante.
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Na região da Reserva Biológica de Poço das Antas, o rato-do-bambu, que pode alcançar até 600 g de peso, era caçado como alimento, principalmente em bambuzais exóticos, tradicionalmente usados como demarcação de limites de propriedades. É possível que essa situação se repita nas áreas remanescentes de Mata Atlântica em Minas Gerias, onde a espécie ainda ocorre. Sua situação na IUCN é de pouco preocupante.
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Referência
Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas. 1998.
Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas. 1998.
aqui no sitio é cheio
ResponderExcluirBoa noite amigo Emerson,
ExcluirQue bacana que seu sítio tem muito desses pequenos mamíferos, isso é um bom sinal, pois diz que ainda há populações deles bastante ativas na sua região. De onde você é? Teria como você tirar uma foto de algum deles e nos enviar por e-mail (meiovidavida@gmail.com)? Para que possamos colocar aqui no artigo? Pois essas imagens muitas podem ter direitos autorais e não conhecemos os autores, se for a sua e você permitir colocamos os devidos créditos a você na foto.
Opa..eu tenho foto de uns..aqui na região do sul também..tirei ontem..mas eram enormes.. bem maior q 25cm..
ExcluirRatos maiores do que 25cm? Tem certeza de que não eram capivaras?
ExcluirVi esta semana um no meu sítio em Sete Barras no vale do Ribeira s.p
ResponderExcluirMoro no bairro Guapiruvu e a foi avistada recentemente uma onça pintada
Que bacana. E o avistamento seu da onça-pintada deve ter sido chocante.
ExcluirTem um morando no telhado sa minha casa. Tem muito bambu no terreno. Para onde posso enviar foto para conferir se é da mesma espécie?
ResponderExcluirBoa noite Luciana,
ExcluirPode enviar para nosso e-amil: meiovidavida@gmail.com
E vamos tentar ver se é a mesma espécie.
Presenciei a caçada e refeição do rato do bambu, em Registro S.P. O chamam de cujara! Preferi comer banana e arroz branco (Levítico 11)! abominacoes.net
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