O que a orelha de um peixe nos diz sobre sua vida?
O que será que a orelha de um peixe (se é que eles tem uma) nos diz sobre sua vida?
Imagem de Robert Balog por Pixabay |
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Acompanhar ovos diminutos de peixes ou larvas transparentes no mar aberto, ou em rios turvos, apresenta problemas incontáveis. Entretanto, há um
método indireto para reconstruir os detalhes da história de vida de um peixe
individualmente. Um a característica dos peixes ósseos é a presença de até
três estruturas compactas e mineralizadas, suspensas dentro de cada orelha
interna, os otólitos.
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Estruturas especiais dos peixes
Estas estruturas são
especialmente bem desenvolvidas na maioria dos teleósteos, com formas,
usualmente curiosas, se encaixando nos espaços do labirinto membranoso, de
forma precisa, e crescendo em proporção a o desenvolvimento do peixe. Eles são
importantes na audição, orientação e locomoção e são formados, na maioria dos
teleósteos, durante os últimos estágios embrionários.
Os otólitos crescem
pela agregação de camadas mineralizadas depositadas sobre a superfície
resultando em camadas concêntricas, semelhantes as camadas de um a cebola. A
camada mais fina pode ser distinguida e reflete usualmente um dia de
crescimento.
A largura e a densidade relativas e as interrupções das camadas
demonstram as condições ambientais que o indivíduo encontrou diariamente, desde
a eclosão, incluindo variações de temperatura e de apreensão de alimentos. Para
muitas espécies o registro do crescimento é completo e sem interrupção para
os primeiros anos de vida.
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Ambientes sazonais
Padrões sazonais e
anuais de deposição estão presentes também. Em tais ambientes sazonais e assim
com o um crescimento mais lento do peixe com a idade, o registro diário pode
tomar-se incompleto ou intermitente.
Quantidades diminutas de elementos e a característica do decaimento dos isótopos no ambiente onde o peixe passa cada dia, são incorporados nas camadas, aumentando ainda mais a informação fornecida pelos otólitos. Um registro dia-a-dia do indivíduo é escrito e m seus otólitos. Isso pode incluir movimentos e migrações e permitem aos biologistas determinar áreas de reprodução ou "águas de residência".
Quantidades diminutas de elementos e a característica do decaimento dos isótopos no ambiente onde o peixe passa cada dia, são incorporados nas camadas, aumentando ainda mais a informação fornecida pelos otólitos. Um registro dia-a-dia do indivíduo é escrito e m seus otólitos. Isso pode incluir movimentos e migrações e permitem aos biologistas determinar áreas de reprodução ou "águas de residência".
E possível imprimir
um código permanente nos otólitos por meio da submissão de jovens peixes a um a
série de aumentos e declínios de temperatura: um padrão de barras de códigos
resulta na microestrutura do otólito.
Esse padrão único permite aos pescadores
utilizar este método para marcar os peixes juvenis antes de serem liberados. Anos
depois, quando os peixes adultos são recapturados, o código escrito nos
otólitos mostra a origem do peixe.
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Propriedades químicas
A química do otólito
também é alterada propositadamente com o um meio de reunir ninhadas de filhotes
marcados, usando compostos com o estrôncio clorídrico e cromo flúor. Injetando tais substancias em fêmeas grávidas
os pesquisadores tem induzido com sucesso otólitos marcado s nos filhotes em
percas vivíparas, por exemplo.
Isto pode levar a um
melhor entendimento do recrutamento de juvenis na natureza. Novas técnicas de análise
de otólitos também te m fornecido informações muito importantes sobre a longevidade
de muitas espécies. Métodos mais tradicionais sobre o envelhecimento frequentemente
subestimam a idade do peixe.
Informações recentes
têm revelado que não é incomum para muitos peixes alcançar a idade de 50
anos, e alguns podem dobrar ou triplicar esta estimativa. Mesmo cheio de problemas de interpretação, o estudo da microestrutura do otólito está avançando
significativamente o nosso conhecimento sobre a reprodução e o início da
história da vida dos peixes.
Referência
POUGH, F. Harvery; JANIS, Christine M; HEISER,
John B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora São Paulo, 2006.
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