Antes de começar a postagem o que acha de ter acesso a todos os cantos de aves do Brasil na palma da sua mão? Gostou? Então clique no link abaixo ou na imagem para ver:
Já começamos com um guia de campo aqui
em nosso site só de borboletas (Guia de identificação de campo para borboletas), agora vamos começar um de aves. Mas este será específico para a
localidade do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, onde no qual
fazemos um trabalho de monitoramento da avifauna por lá desde meados de 2015.
Como já temos uma grande quantidade de fotos, vamos separar cada guia por
Família em cada postagem, e cada novo registro atualizamos a postagem com a
nova foto, começando com a família Tyrannidae.
Esta família de pássaros é a maior das
Américas e a maior do Brasil. Essas aves ocupam todos os tipos de ambientes,
desde florestas e cerrados até ambientes abertos, lacustres, montanhosos e
cidades. Um vasto número de espécies vive na borda de matas e caracteriza-se
pela grande capacidade de voo, permitindo a esses pássaros deslocarem-se de uma
mata ou capoeira para outra, ou ainda migrarem por longas distâncias em certas
estações do ano, diferentemente de outros da mesma família de hábitos mais
residentes.
Podem apresentar diferenças
morfológicas notáveis na forma do bico, invariavelmente providos de vibrissas
ou bigodes e também na cauda, sendo que muitos gêneros, como o Alectrurus sp., possuem caudas longas ou
extravagantes. Apresentam bicos com achatamentos os mais diversos, às vezes
providos de um dente na ponta da maxila terminada em gancho, com que capturam
insetos. Apesar da dieta predominantemente insetívoro, algumas espécies, como o
famoso bem-ti-vi, capturam todo tipo de artrópodes e mesmo pequenos caranguejos
na orla marítima e nos manguezais fazem parte da sua dieta.
Possuem cantos simples, porém fortes,
nas espécies campestres e são mais singelas e fracas em espécies florestais
embora apreçam exceções em ambos os casos. Constroem seus ninhos elaborados ou
nidificam em cavidades naturais. Na maioria das espécies, o casal participa na
construção do ninho e nos cuidados com os filhotes.
GUIA
DE CAMPO DAS AVES DO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL E JARDIM BOTÂNICO DA UFMG – FAMÍLIA
TYRANNIDAE
As aves que vamos apresentar aqui
foram fotos tiradas por nós aqui do BioOrbis, na área da floresta do Museu de
História Natural e Jardim Botânico da UFMG. Na legenda de cada foto tem a localidade onde você pode encontrar mais facilmente a espécie, mas algumas são de difícil visualização e por isso só se consegue ouvir seu canto (para saber seu canto acesse o site do WikiAves):
Espécie de difícil visualização, mais fácil identificação pelo seu canto. Onde encontrar: Trilhas da floresta e próximo a lagoa. Foto: Cleverson Felix
Risadinha (Camptostoma obsoletum)
Espécie bastante comum, mas de difícil visualização, mas possuem um canto característico que deu seu nome comum. Onde encontrar:trilhas da floresta, lagoa e bordas da mata. Foto: Cleverson Felix.
Piolhinho (Phyllomyias fasciatus)
Espécie bastante arisca e difícil visualização.Onde encontrar: borda da floresta e nas trilhas. Foto: Cleverson Felix.
Elaenia sp.
Espécie de difícil identificação e também visualização. Onde encontrar: interior da floresta, próximo as árvores frutíferas do Palacinho. Foto: Cleverson Felix.
Espécie de difícil visualização, pelo seu canto é mais fácil achar. Onde encontrar: interior da floresta. Foto: Cleverson Felix.
Maria-cavaleira (Myiarchus ferox)
Espécie de fácil visualização, e também fácil ouvir seu canto. Onde encontrar: trilhas, interior da floresta, próximo a lagoa e borda da mata. Foto: Cleverson Felix
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)
Espécie comum e muito fácil de ver. Onde encontrar: próximo a lagoa, trilhas e borda da mata. Foto: Cleverson Felix.
Bem-ti-vi-rajado (Myiodynastes
maculatus)
Espécie não muito comum, mas de fácil visualização. Onde encontrar:borda da floresta. Foto: Cleverson Felix.
Neinei (Megarynchus pitangua)
Espécie comum e muito fácil visualização e identificação deviso a seu canto característico. Onde encontrar: próximo a lagoa, trilhas da floresta e borda da mata. Foto: Cleverson Felix.
Peitica (Empidonomus varius)
Espécie migratória no inverno, vista mais no período de chuvas. Onde encontrar:borda da floresta e áreas mais abertas. Foto: Cleverson Felix.
Suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa)
Espécie comum, de fácil visualização. Onde encontrar: próximo a lagoa, bordas da floresta e áreas abertas. Foto: Cleverson Felix.
Espécie comum e fácil visualização. Onde encontrar: próximo a lagoa, trilha da floresta e bordas da mata. Foto: Cleverson Felix.
Suiriri (Tyrannus melancholicus)
Uma das espécies mais comuns de se ver, e também fácil identificação devido a seu canto. Onde encontrar: próximo a lagoa, trilhas da floresta e bordas da mata. Foto: Cleverson Felix.
Espécie também migratória no inverno, vista mais na época das chuvas. Onde encontrar: locais abertos, bordas da floresta. Foto: Cleverson Felix.
Tesourinha (Tyrannus savana)
Espécie de fácil identificação devido a sua longa cauda e forma de tesoura. Onde encontrar:próximo a lagoa, áreas abertas e bordas da floresta. Foto: Cleverson Felix.
Viuvinha (Colonia colonus)
Espécie de fácil identificação pelo seu canto e forma, mas restrita. Onde encontrar: dentro da floresta, trilhas e próximo as árvores frutíferas do Palacinho. Foto: Cleverson Felix.
Lavadeira-mascarada (Fluvicola
nengeta)
Espécie bastante comum e muito fácil visualização e identificação. Onde encontra: próximo a lagoa. Foto: Cleverson Felix.
Enferrujado (Lathrotriccus euleri)
Espécie de difícil visualização, mais identificada pelo seu canto. Onde encontrar: interior da floresta. Foto: Cleverson Felix.
Papa-mosca-cinzento (Contopus
cinereus)
Espécie pouco comum, mas de fácil identificação, pois tem costume de ficar parada por longos períodos de tempo em galhos. Onde encontrar: trilhas, interior da floresta e próximo as árvores frutíferas do Palacinho. Foto: Cleverson Felix.
Suiriri-pequeno (Satrapa icterophrys)
Espécie pouco comum, mas de fácil identificação. Onde encontrar: bordas da floresta e áreas abertas. Foto: Cleverson Felix.
Guia de Campo das Aves do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG – Família Tyrannidae
Reviewed by BioOrbis
on
agosto 03, 2020
Rating: 5
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