DESCUBRA 6 ANIMAIS IMPOSTORES: IMITAR E FINGIR PARA SOBREVIVER
Vários animais evoluíram para se mascarar
como espécies muito diferentes.
Na verdade, quando dada a opção, os polinizadores eram mais propensos a voar nas garras de um louva-Deus-orquídea do que as próprias flores do que eles imitam.
VAMOS DESCOBRIR...
1 - BORBOLETA-OLHO-DE-CORUJA
Um dos exemplos mais clássicos de mimetismo é o da borboleta-olho-de-coruja (Caligo beltrao). Onde ela tem em suas asas um espécie de desenho que imita os olhos de uma coruja, uma ave predadora, para assim, seus predadores, que no caso são pássaros, quando veem esses olhos acham que é uma ave muito maior e predadora ai se afastam.
2 - A FALSA COBRA CORAL
Imagem de mgrpowerlifting por Pixabay |
Outro tipo de mimetismo clássico é o da falsa coral. Conhecido como mimetismo mülleriano, duas espécies (ou mais) imitam características para se proteger de outros predadores. Nesse caso, todas as espécies devem ser impalatáveis (não são agradáveis quando são comidas). Nesse tipo de mimetismo, a semelhança entre as espécies dá um sinal de perigo ao predador, para que ele fique afastado e não ataque. Além de semelhanças estruturais, os animais também podem imitar as cores ou cheiros de seus modelos. O mimetismo mülleriano foi observado pelo botânico e professor alemão Johann Fritz Müller (1822-1897). Ele viveu no Brasil por mais de dez anos.
3 - O LOUVA-DEUS "ORQUÍDEA"
Fonte da imagem: I, Luc Viatour, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons |
Para as abelhas, borboletas e outros polinizadores na Malásia, escolher quais flores para acariciar é um jogo perigoso. Isso porque algumas dessas flores não são flores em tudo, mas entre elas pode ter um assassino furtivo bem disfarçado, o Louva-Deus.
Ao contrário do verde e marrom usado por muitas espécies de louva-deuses, o Louva-Deus-orquídea (Hymenopus coronatus) varia entre tons de rosa e branco. Os insetos também têm lobos em forma de pétalas em suas pernas que lhes dão uma forma parecidas com as flores muito convincente.
James O'Hanlon, da Universidade Macquarie, em Sydney, foi o primeiro a demonstrar que, na verdade, o Louva-Deus-orquídea atraem presas com seu subterfúgio. Ele disse que é importante notar que estes louva-deus não estão simplesmente à espreita entre outras flores, mas sim ficam de fora delas esperando as presas.
James O'Hanlon, da Universidade Macquarie, em Sydney, foi o primeiro a demonstrar que, na verdade, o Louva-Deus-orquídea atraem presas com seu subterfúgio. Ele disse que é importante notar que estes louva-deus não estão simplesmente à espreita entre outras flores, mas sim ficam de fora delas esperando as presas.
"Eles não se escondem. Eles anunciam a sua presença para os polinizadores, e atraí-los por conta própria", disse O'Hanlon.
Na verdade, quando dada a opção, os polinizadores eram mais propensos a voar nas garras de um louva-Deus-orquídea do que as próprias flores do que eles imitam.
4 - A CHORONA-CINZA
Fonte da imagem: Hector Bottai, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons |
Na natureza, nem sempre é pagar para ser você mesmo. Na verdade, fingir ser algo ou alguém que não é, é possível mantê-lo vivo das ameaças do dia a dia. Leve a Chorona-cinza (Laniocera hypopyrra) como exemplo, uma ave que vive na floresta amazônica. Esta espécie, quando filhote, tem penas brilhantes alaranjadas com bolinhas pretas e emplumadas.
Para um pássaro indefeso
que não pode até mesmo voar ainda, você acha que isso é uma estratégia evolutiva ruim? Ou seja, a menos
que os predadores a confundam
com outra criatura, como uma lagarta super venenosa. Vejam o vídeo abaixo:
"Os filhotes desta espécie se parecem com uma taturana",
disse Gustavo Londoño, um pesquisador da Universidade ICESI na Colômbia, "e que a lagarta é conhecida por ser tóxica."
Londoño descobriu a artimanha há alguns anos na região de Madre de Dios, no Peru. Ele notou que quando os ninhos das choronas-cinzas são perturbados, os filhotes não clamam por alimentos como a maioria dos juvenis fazem. Em vez disso, os filhotes levantam suas cabeças em movimentos parecidos como os das lagartas.
Londoño descobriu a artimanha há alguns anos na região de Madre de Dios, no Peru. Ele notou que quando os ninhos das choronas-cinzas são perturbados, os filhotes não clamam por alimentos como a maioria dos juvenis fazem. Em vez disso, os filhotes levantam suas cabeças em movimentos parecidos como os das lagartas.
Em um estudo, publicado na edição de
janeiro de 2015 do American Naturalist,
a equipe de Londoño revelar uma outra
descoberta: Os filhotes executam a mesma dança quando
os pais retornam ao ninho. E
somente depois que os adultos oferecem uma vocalização secreta que os filhotes sabe que é seguro para largar o ato e pedir comida.
5 - O POLVO MÍMICO
Fonte da imagem: Steve Childs, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons |
O polvo mímico (Thaumoctopus mimicus), apenas descoberto em 1998, um invertebrado impressionante que até agora ele tem sido um arsenal personificando equipado com as farpas venenosas de um peixe-leão, as listras reveladores das serpentes-do-mar, e o
padrão de natação de um peixe-chato ou mais conhecido como linguado.
Mas isso não é tudo. De acordo com alguns mergulhadores, a
lista de animais em repertório deste mímico
pode cobrir medusas, anêmonas,
estrelas-do-mar,
caranguejos, arraias, e
inúmeras outras criaturas.
6 - OS VERMES PARASITAS
|
Nem todos os animais querem esconder do mundo, é claro. Alguns, como o
parasita Leucochloridium paradoxum,
realmente longo para
ser comido. Já existe um post em nosso blog específico para esse parasita, vejam Verme "Assassino" e Caramujo "Zumbi" ?
Isto porque o L. paradoxum pode completar o seu ciclo de vida somente se ele de alguma forma encontrar o seu caminho para o trato intestinal de um pássaro, não é uma tarefa fácil para um golpe de sorte que passa a maior parte de sua vida na terra.
Para chegar na barriga de um pássaro, L. paradoxum pega carona no corpo de um caracol. Uma vez dentro do caracol, os parasitas desenvolvem grandes sacos com suas crias, pulsando dentro de pedúnculos oculares do caracol. Estes sacos de crias, capturam a atenção dos pássaros, fazendo assim esses pedúnculos oculares palpitantes parecerem com corpos de lagartas, larvas ou vermes.
Os vermes até mesmo controlam
o comportamento dos caracóis, tornando-os "zumbis" , forçando os pobres coitados a subirem as altas hastes
das gramas onde é melhor para que as aves possam captura-los. Uma vez que a ave come o
caracol, o parasita se move sobre a sua próxima voutrasítima. Bizarro não?
Referências
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos Organismos, classificação, estruturas e função nos seres vivos. 1ª edição. Editora Moderna, 1998.
Sites: National Geographic
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos Organismos, classificação, estruturas e função nos seres vivos. 1ª edição. Editora Moderna, 1998.
Sites: National Geographic
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Eles são muito inteligentes.
ResponderExcluirA NATUREZA é DIVINA e MARAVILHOSA.
Incrível não é mesmo Didi? Agradecemos pelo comentário, um grande abraço,
ExcluirEquipe BioOrbis.
Se pudéssemos aferir a opinião do hospedeiro (o caracol), acho que ele não estaria de acordo com essa afirmação.
ExcluirGostaria de saber como se ativa, como toma partida o mecanismo evolutivo que faz um ser assumir características de outro ou camuflagens como essas, tipo, gostei desse esconderijo , quero me camuflar com ele , daqui uns milhões de anos meus descendentes vão se parecer com ele.
ResponderExcluirOlá forsadetartaruga,
ExcluirExcelente pergunta. Depende de muitos fatores, um deles seria a observação da outra espécie para conseguir se parecer com ela, claro que isso demorará milhões de anos. Outro é a evolução convergente, que no qual a característica pode ter evoluído de forma separada mas similar a do outro.
Agradecemos pelo seu comentário. Um grande abraço. Equipe BioOrbis.