CRUSTÁCEOS SURPREENDENTES: CLASSIFICAÇÃO, ANATOMIA E CURIOSIDADES
Um dos grupos pertencente ao subfilo de Artrópodes mais
amplo e variável do mundo animal, os Crustáceos.
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Imagem de David Mark por Pixabay |
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Muitas pessoas pensam
que só os caranguejos (Figura 2), lagostas, lagostins e alguns outros formam o grupo dos crustáceos, porém, na realidade, a este Filo pertencem milhares de
espécies conhecidas e outras pequenas que passam desapercebidas e que são muito
pouco conhecidas, algumas delas fazem parte do plâncton.
Normalmente estes
artrópodes são marinhos, porém também são encontrados em águas doces e alguns
já colonizaram a terra. São um dos grupos zoológicos com maiores êxitos
biológicos.
Podem ser
considerados equivalentes aos insetos, porém no meio aquático. A classificação
dos crustáceos tem sido sempre um pouco complicada e, dependendo dos autores
estudados, podemos encontrar diferentes classificações que a princípio podem
nos surpreender.
Classificação dos crustáceos
Uma classificação
simples seria a de 6 classes e algumas subclasses, que é a seguinte: Remipedia,
Cephalocarida, Brachiopoda (pulga da água), Maxillopoda, Ostracoda,
Malacostraca (lagostas, caranguejos, etc.).
História natural dos crustáceos
Os crustáceos
apareceram no período Cambriano
inferior há mais de 530 milhões de anos. Seus antepassados, muito
provavelmente, foram organismos marinhos de diminutas dimensões que habitavam
os fundos e solos marinhos. Não é estranho que estes seres tivessem a
capacidade de nadar. Também deveriam ter uma série de apêndices distribuídos
ao longo de todo seu corpo e que eram usados para locomover-se para
alimentar-se e até para respirar.
Seus tamanhos são
muito variáveis. Encontram-se indivíduos de 0,15mm até medidas que podem superar
os 4m de envergadura como o caranguejo-aranha do Japão ou o caso de alguns
lavagantes. Fazem parte do plâncton, constituindo uma importante fonte de
alimentos para outros animais. O número de espécies desta classe também é tema
de controvérsia, dependendo da fonte e da interpretação os números são bem
diferentes, optamos pelo número que fica entre 40.000 e 120.000, porém sempre
arriscando a cometer um equívoco, pois a cada dia são descobertas novas
espécies além das que estão por se descobrir.
Morfologia e anatomia dos crustáceos
O corpo é recoberto
por uma carapaça dura que é formada por diferentes placas soldadas. Vários
pares de patas articuladas, normalmente em número de 5, diferente dos insetos
que possuem 3 e 4, como é o caso também das aranhas e escorpiões. Os crustáceos
possuem dois pares de antenas ou apêndices similares diante da boca. O corpo é
dividido em cabeça, tórax e abdômen.
Seu corpo é
segmentado. A cabeça é formada pelo acron e por mais seis segmentos: o da
antênula, antena, mandíbula e dois ou três segmentos das maxilas. Nos segmentos
do tórax, encontramos os apêndices chamados de pereiópodes. É bastante
frequente que alguns segmentos do tórax apareçam soldados à cabeça, formando o
cefalotórax. E não é estranho que apareçam recobertos por uma placa uniforme, a
carapaça, que pode ser bivalvia ou envolver totalmente o corpo. A região do
corpo localizada na parte posterior do tórax chama-se abdômen, nela aparecem os
apêndices chamados pleiópodes. O último segmento, localizado no final do abdômen,
chama-se urópodes e é frequentemente dotado por uma télson, formando o leque
caudal.
O número de segmentos
entre o acron e o télson varia segundo os grupos. Nos notostráceos, o número é
de aproximadamente 50; já nos ostracodas é de 10 segmentos máximos. As formas
dos apêndices dos crustáceos são bem variadas, mas existe uma forma geral da
qual derivam todas as outras: é a que apresenta o apêndice birramoso ou
bifurcado, o exópode para fora e o endópode para dentro.
O primeiro par de
antenas assumem a função de órgão táctil e olfativo. Em algumas espécies podem
estar pouco desenvolvidas. Geralmente, a segunda antena adota uma forma
bifurcada e funciona como órgão
sensorial e em alguns casos como locomotora. Os casos em que o segundo par
de antenas é usado como órgão locomotor é muito comum nas fases larvárias e nos
adultos de alguns grupos, tais como os cladóceros.
As mandíbulas são
formadas por um protópode (parte próxima ou basal de um apêndice bifurcado),
com endites bem duros e desenvolvidos. Os dois pares de maxilas se desenvolvem
como apêndices bifurcados de comprimento escasso e forma achatada. Os apêndices
dos primeiros segmentos torácicos podem desempenhar um papel importante na
ingestão de alimentos e são chamados maxilípedes. Os apêndices seguintes do
tórax, chamado pereiópodes, funcionam como patas locomotoras, ou para nadar, e
normalmente são providos de pinças ou brânquias.
Os apêndices do
abdômen (Pleiópodes) servem para nadar, escavar, defesa (quelas) e para a respiração.
Tipicamente respiram por brânquias ou pela superfície do corpo. Alguns
crustáceos carecem destes apêndices. Os últimos pares de pleiópodes apresentam
uma estrutura diferente e recebem o nome de urópodes. Os olhos podem apresentar
duas formas: par (constituída por um
complexo ocular, frequentemente pedunculado e dotado de movimento, com olhos
compostos), e ímpar, na qual
aparecem vários olhos simples chamados olhos naupliares. Seu interior é rechado
de sangue e possui um duplo cordão nervoso na parte inferior. O tubo digestivo
é dividido em três partes; apresenta sexos separados e seu desenvolvimento
acontece durante a fase larvária.
Referência
EDITORE,
Alberto Peruzzo. Autênticos insetos de
coleção. Insetos, aracnídeos e outros artrópodes. A natureza de 1000 formas
e cores, 2008.
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