Cadeia e rede alimentar: o que é e como funciona?

Todos sabemos que a vida é um ciclo, onde há o nascimento, desenvolvimento e morte. E em meio esse ciclo é onde há a cadeia alimentar, por onde tem os processos biológicos e químicos dos seres vivos.

https://www.bioorbis.org/2020/04/cadeia-rede-teia-alimentar-ecologia-seres-vivos.html
Foto: Cleverson Felix

VAMOS DESCOBRIR...


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A sequência de seres vivos em que um serve de alimento para o outro é chamada cadeia alimentar. Num ecossistema existem várias cadeias alimentares, formando uma complexa relação de transferência de matéria e de energia, denominada rede alimentar ou cadeia alimentar.

Os níveis tróficos


O conjunto de todos os organismos de um ecossistema com menos tipo de nutrição constitui um nível trófico ou alimentar.

Os produtores ocupam, o primeiro nível trófico; os animais herbívoros, que são consumidores primários, formam o segundo nível trófico; os animais carnívoros que se alimentam de herbívoros (consumidores secundários) formam o terceiro nível trófico; os animais carnívoros que se alimentam de animais carnívoros (consumidores terciários) formam o quarto nível trófico; e assim por diante.

Um organismo por ocupar mais de um nível trófico, como acontece, por exemplo, com os animais onívoros (omnis = tudo): eles se alimentam de plantas, de herbívoros e de carnívoros, podendo participar de diversas cadeias alimentares e assim, ocupar diferentes níveis tróficos.

Os decompositores (veja no vídeo no início da postagem) formam um grupo especial, nutrindo-se de elementos mortos provenientes de diferentes níveis tróficos, degradando tanto produtores e como consumidores.

Habitat e nicho ecológico


O lugar que um organismo ocupa no ecossistema é o seu habitat, e a descrição de seu modo de vida constitui o seu nicho ecológico.

Assim, em um ecossistema representado por uma lagoa, o habitat de uma alga microscópica é a água superficial. Seu nicho ecológico pode ser assim resumido: as algas necessitam de luz, de nutrientes minerais, de temperatura adequada, realizam fotossíntese, reproduzem-se, servem de alimento para alguns animais.

FLUXO DE ENERGIA E CICLO MATÉRIA


Todos os seres vivos necessitam de matéria prima e de energia para a realização de suas atividades vitais. Essas necessidades são supridas pelos alimentos orgânicos.

Os organismos produtores (autótrofos) sintetizam seu próprio alimento orgânico a partir de matéria não-orgânica, e esse alimento é utilizado por eles e pelos consumidores (heterótrofos), que não são capazes de executar essa função.

Os principais produtores são os organismos fotossintetizantes. A energia luminosa do Sol é transformada em energia química pelos produtores e é transmitida aos demais seres vivos. Essa energia, no entanto, diminui à medida que passa um consumidor para outro, pois parte dela é liberada sob a forma de calor e parte é utilizada na realização dos processos vitais do organismo.

Assim, sempre restará uma parcela menor de energia disponível para o nível seguinte. Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento de energia liberada, diz-se que essa transferência é unidirecional e ocorre como um fluxo de energia.

A matéria, no entanto, pode ser reciclada, falando-se em ciclo da matéria ou ciclo biogeoquímico. Os decompositores são fundamentais nesse ciclo, pois eles decompõem organismos mortos de todos os níveis tróficos, devolvendo ao ciclo elementos fundamentais.


Pirâmides ecológicas



As transferências de matéria e de energia nos ecossistemas são frequentemente representadas de modo gráfico, mostrando as relações entre os diferentes níveis tróficos em termos de quantidade. Como ocorre redução de matéria e de energia em cada nível trófico, essas representações adquirem o formato de pirâmides.

As pirâmides ecológicas podem ser de número, de biomassa ou de energia. Nelas cada nível trófico é representado por um retângulo cujo comprimento é proporcional à quantidade do que está sendo representando: número, biomassa ou energia. A altura desses retângulos é sempre a mesma.

Pirâmide de números


Indica o número de indivíduos em cada nível trófico. Por exemplo: em um campo, 5 mil plantas são necessárias para alimentar 300 gafanhotos, que servirão de alimento a apenas uma ave.

Nesse exemplo, a pirâmide tem a base mais larga, pois é necessário grande número de produtores para alimentar uns poucos herbívoros, que por sua vez, servirão de alimento para um número ainda menor de carnívoros. Esta é a pirâmide direta.

Existem casos, no entanto, em que o produtor tem grande porte, como ocorre com uma árvore que sustenta grande número de herbívoros. Nesse caso, o gráfico de números, apesar de não ter o formado de pirâmide, pois a base é estreita, é chamado de pirâmide invertida.

Pirâmide de biomassa


A biomassa é expressa em termos de quantidade de matéria orgânica por unidade de área em dado momento.

De modo geral, a biomassa dos produtores é maior que a dos herbívoros, que é maior que a dos carnívoros. Nesses casos, a pirâmide é direta. Isso ocorre nos ecossistemas terrestres nos quais, em geral, os produtores têm grande porte.

Do mesmo modo como acontece com a pirâmide de números a de biomassa pode se apresentar invertida, o que pode ser verificado em oceanos e lagos, onde os produtores são pequenos e rapidamente consumidos pelos consumidores primários.

Pirâmide de energia


A pirâmide de energia é construída levando-se em consideração a biomassa acumulada por unidade de área (ou volume), por unidade de tempo em cada nível trófico. Por considerar o fator tempo, a pirâmide de energia nunca é invertida.

Apesar de as pirâmides de energia representarem satisfatoriamente o fluxo de energia nos ecossistemas, elas possuem um inconveniente básico comum às outras pirâmides ecológicas, não mostram o nível dos decompositores, que compõem uma parcela importante dos ecossistemas.

Leia também:

Referências
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos Organismos, classificação, estruturas e função nos seres vivos. 1ª edição. Editora Moderna, 1998.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. Volume único. Editora Saraiva, 2006.

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