Dicas de aproveitamento científico de aves e outros animais encontrados mortos em campo
Aqui vai uma dica para você que é biólogo ou mesmo um amante da natureza, se achar alguma ave morta em campo ou mesmo em cidades para pegar e armazena-la em museus.
Imagem de Emilian Robert Vicol por Pixabay |
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Este artigo que vamos aprensentar (e o PDF dele estara no final da postagem) foi feito pelo nosso grande amigo e também foi nosso professor na época da graduação Marcelo Ferreira de Vasconcelos, e seus amigos Paula Rodrigues Lopes Guimarãe, Leandro de Oliveira Marques, Letícia Ferreira Pedroso e Filipe Vieira Aramuni.
Leia também:
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- Aves novas e reconfirmadas de Bertioga, litoral de São Paulo, com um catálogo de um esquecido e importante coleção de aves feita por Emílio Dente
Recomendações para aproveitamento científico de aves encontradas mortas em campo
Em seu artigo eles relatam que vários
colegas deles que trabalham ativamente em campo reportaram o encontro frequente
de exemplares de aves mortas em rodovias, ao longo de linhas de transmissão, em
áreas urbanas ou durante suas atividades. A maioria destes espécimes foi
perdida e/ou deixada no local devido a duas principais circunstâncias:
1) muitos colegas não possuem treinamento
para a preparação de espécimes científicos (principalmente peles) em campo;
2) não há possibilidades de congelamento
dos exemplares encontrados mortos em regiões remotas.
Devido a essas e vários outros relatos
de seus colegas que trabalhavam em campo e tiveram o contanto com espécimes
raros e até em risco de extinção, tais como gavião-real (Harpia harpyja).
Por isso é recomendável que todo biólogo,
independentemente de ser ou não taxidermista, sempre leve consigo um kit básico
de material cirúrgico, composto por um cabo de bisturi com lâmina, uma tesoura,
uma pinça, um par de luvas de procedimento cirúrgico, além de agulha, carretel
de linha para pipa, uma seringa e, minimamente, 1 l de álcool 70%. Na falta de
bisturi ou tesoura cirúrgica, uma lâmina de barbear descartável usada em
antigos modelos de barbeadores e uma tesoura comum podem ter muita serventia.
E se você for um simples amante da natureza
e gosta de se aventurar por trilhas e acampar por ia, também adote essa dica de
sempre coletar animais para esse aproveitamento científico. Mas vale ressaltar que
mesmo sem licença específica para coleta científica, animais encontrados mortos
podem ser levados para doação a instituições de pesquisa, estando esta atividade
amparada pela Legislação. A Instrução Normativa No. 3, de 1º de setembro de 2014
(ICMBio, 2014), estabelece, em seu Art. 25, que:
“Prescinde
de autorização o recolhimento e o transporte de animais encontrados mortos, para
aproveitamento científico ou didático, desde que os animais sejam destinados à
instituição científica.
§
1º O cidadão deverá obter, sempre que possível, boletim de ocorrência junto à
autoridade policial para efeito de eventual fiscalização.
§
2º A instituição científica deverá manter registro da entrega do animal.
§
3º Para projetos de pesquisa científica que envolvam a coleta de dados
sistemáticos ou material biológico de animais encontrados mortos, é estimulada
a solicitação de autorização por meio do SISBio.”
Vale lembrar que um animal nunca deve
ser entregue em instituição científica sem sua etiqueta com dados completos sobre
procedência, tais como data e local onde foi coletado.
Mas se você quiser saber mais a fundo sobre essas dicas, veja o artigo científico em PDF da revista Atualidades Ornitológicas na integra no link abaixo:
Recomendações para aproveitamento científico de aves encontradas mortas em campo
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