A triste história dos golfinhos alegres

Aqui vai uma história de como os golfinhos ficaram famosos por serem animais alegres e amigáveis, porém tem um fim meio triste.


Imagem de Claudia Beer por Pixabay 


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A história de Hippo


No lugar onde fica hoje a cidade tunisina de Bizerta, havia no século I nossa era uma colônia romana chamada Hippo Diarrhytus, erguida junto a uma lagoa. Nadar em suas águas calmas era o passatempo predileto da população local. principalmente das crianças.


Certo dia. um dos meninos resolveu ir a nado até a embocadura do canal que se estendia ao Mediterrâneo, teve então a surpresa de encontrar um bando de golfinhos (animais que geralmente preferem o mar aberto). Longe de assustar-se, o pequeno confraternizou com os bichos e fez tamanha amizade com um deles, que dai a pouco estava montado em seu lombo — para grande assombro daqueles que viam a cena à distância.


No dia seguinte, repetiu-se o prodígio e, a partir então, diariamente o golfinho vinha nadar junto à praia da lagoa, em busca do seu companheiro humano, para novas brincadeiras.


A noticia do fenômeno se espalhou: gente de lugares longínquos passou a vir a Hippo, para ver de perto a original parceira. E foi exatamente esse surto de turismo que pôs fim aquela camaradagem. Porque sustentar visitantes era um dever importantíssimo das cidades e o orçamento de Hippo acabou-se tornando pequeno para financiar a hospitalidade. Diante de semelhante crise, seus governantes não tiveram outro remédio: secretamente, mandaram dar cabo do animal. O que resolveu o problema orçamentário, mas deixou a cidade de luto por muito tempo.


A história acontecida em Hippo é a mais conhecida, mas não a única que mostra a sociabilidade do golfinho. Em várias outras partes do mundo têm ocorrido casos parecidos. Um deles se deu na cidade neozelandesa de Opononi, em 1956.


Nesse ano, uma fêmea de golfinho começou a frequentar as praias do lugar e divertir os banhistas com suas estripulias. Bem humorada e cordata, deixou-se cavalgar por uma menina de 13 anos, com o que cativou a simpatia não apenas da menina, como de todos os que presenciaram o fato.


Para felicidade do animal, Opononi não cultivava a mesma tradição de Hippo. E Opo (esse o nome que deram à "golfinha") recebeu das autoridades locais as maiores atenções e cuidados enquanto viveu. Também, pudera : por sua causa, a cidade se transformou em centro turístico, as rendas municipais aumentaram e o progresso tomou conta de Opononi.


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Quem são os golfinhos?


O golfinho, também chamado delfim, pertence à família dos Didelfiídeos, da qual faz parte outro animal bem conhecido — o boto - que vive na água doce em certas partes da Amazônia.

Viver em grupos é um dos traços característicos da família. E a inteligência, outro. No gigantesco aquário marinho de Miami, nos Estados Unidos, delfins ensinados, da espécie Tursiops truncatus, realizam um espetáculo no qual exibem os mais diversos truques: equilibram bolas no focinho, lidam agilmente com câmaras de ar infladas e participam de jogos em equipe. Comediantes por Índole, encenam também atos cômicos, atazanando a paciência dos seus companheiros de aquário — tartarugas e peixes —, cuidando, entretanto, em não lhes causar nenhum mal.


Todos os Delfinídeos são nadadores privilegiados e, mais que os outros, os golfinhos. Atingem a velocidade de 60 km/h e às vezes saltam até cinco metros acima da água.


Exibicionistas e brincalhões, os golfinhos parecem até bandos de meninos em recreio ou grupos de palhaços em função, tantas as piruetas e cabriolas que fazem. Em parte, tais acrobacias são puras demonstrações de agilidade e força; em parte, devem-se à necessidade que os delfins — como todos os cetáceos — têm em respirar periodicamente. Saindo d'água em grandes saltos, eles expelem ruidosamente o ar pela única narina que possuem, tomam fôlego de novo e voltam a mergulhar.


Os golfinhos andam em bandos que reúnem desde poucas dezenas de animais ate várias centenas deles. Preferem viver em mar alto, onde os cardumes de arenques e sardinhas aparecem com maior freqüência. Localizado um deles, o bando vai à carga de boca aberta. Devido à rapidez dos golfinhos suas vitimas não têm como evitá-los, de modo que bastam umas poucas arremetidas para completar a refeição. Esta, embora rápida, é farta. Basta dizer que foram encontrados no estômago de um golfinho os restos de cerca de oito mil pequenos peixes.


Das várias espécies de golfinhos, os mais conhecidos são os Delphinus delphis. Os que atingem maiores dimensões são os Tursiops truncatus, que costuma medir até 4 m de comprimento e tem uma conformação característica de maxilares: parecem mais uma garrafa.


A fêmea do golfinho passa 12 meses esperando seu rebento. Ao nascer, este já é bem grandinho, mas, ainda assim, dá um' trabalho enorme à mãe. Nos primeiros tempos, além de amamentá-lo, ela precisa também levá-lo de vez em quando à superfície, para respirar. Passada essa fase inicial, o pequeno se desembaraça no uso da narina que tem no alto da cabeça e a  passa. a cuidar sozinho da respiração. Mas continua a depender da mãe para alimentar-se, durante cerca de um ano. Só então se torna capaz de viver unicamente por seus próprios meios, em tempo, pois nessa altura já tem tamanho respeitável


O golfinho não tem orelhas: apenas dois pequenos orifícios que ficam junto aos olhos. Sua sensibilidade auditiva, entretanto, é extraordinária. Através de pulsações ultra-sônicas ouvindo e interpretando o eco, como os radares, ele consegue não Só localizar obstáculos à sua frente, mas também os cardumes que deverão servir-lhe de alimento. E já temos uma outra postagem em nosso site somente sobre a ecolocalização, confira no link abaixo:


Como é a ecolocalização no ar e na água?


Os golfinhos descendem de mamíferos terrestres. Seus membros dianteiros, em forma de nadadeiras, conservam por dentro a ossatura dos mamíferos de terra, inclusive a mão de cinco dedos. Sua cabeça é pequena em relação ao corpo, mas em compensação, os olhos são bem grandes para o tamanho da cabeça. Apesar dos bons e muitos dentes (de 80 a 100 em cada maxilar) os golfinhos não mastigam. Engolem tudo como vem e o estômago é que faz o resto.

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