O começo do verde no planeta Terra

Você já imaginou como eram as primeiras plantas quando começaram a surgir em nosso planeta? Imagine uma samambaia, pois é, era mais ou menos assim.


Imagem de Patty Jansen por Pixabay

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Além de crateras, o que há de mais característico na paisagem lunar é a desolação. Segundo as observações feitas até agora, não há nenhuma árvore, folha, ou flor. Igual aspecto árido teve a face da Terra até o seu 1,5 bilhão de anos de existência.


As primeiras formas vegetais a surgirem neste planeta foram as plantas aquáticas. Eram, na maioria, algas. E os mais antigos vestígios de sua existência (encontrados na Rodésia) têm sua idade estimada em 2,7 bilhões de anos.


Quanto aos vegetais terrestres, supõe-se que tenham aparecido no período geológico chamado Siluriano, ocorrido hã cerca de 440 milhões de anos atrás quando levantamentos da crosta terrestre teriam de terminado a transição das plantas, da água para a terra. Desse período datam alguns fósseis encontrados na Austrália, reconheci-dos como restos dos primeiros vegetais terrestres.


No entanto, só no Carbonífero (segundo período depois do Siluriano), iniciado há 355 milhões de anos, é que uma vegetação mais densa se formou. Isso porque o clima chuvoso e cálido, que caracterizou o Carbonífero, era favorável à vida vegetal: formavam-se pantanais de milhares de quilômetros quadrados, sobre os quais se multi-plicaram as plantas.


Mas as chuvas abundantes desfaziam o terreno, transformando-o em lodo, que acabava por cobrir a vegetação palustre. O lodo, depois, foi se solidificando em barro e xisto (espécie de rocha) e comprimindo a vegetação. Submetida a fortes pressões e temperaturas, a camada vegetal enterrada carbonizou-se. Muitas vezes, entretanto, as plantas deixaram sua forma "decalcada" na rocha, constituindo o que se chama de fóssil". Através do estudo dessas formações é que puderam ser determinadas as épocas em que os vegetais apareceram, e como era sua constituição. Além desses fósseis citados, em Aberdeenshire, na Escócia, foram encontram, dos alguns do Período Devoniano (interne diário entre o Siluriano e o Carbonífero), iniciado há 405 milhões de anos.


"Estátuas vegetais"


Os fósseis mais perfeitos, que propiciam uma observação mais detalhada, são as "plantas petrificadas". Formaram-se quando sob grandes pressões, em contato com a sílica (Óxido de silício) das rochas, as plantas tiveram suas moléculas substituídas, paulatinamente, por sílica, até que toda a sua estrutura se transformou em rocha. Assim, as estruturas dos vegetais ficaram intatas, de modo que ficou preservada a forma da planta. E, através desse processo, florestas inteiras se petrificaram.


Depois de tanto tempo decorrido, desde o aparecimento dos vegetais terrestres, as espécies mais primitivas desapareceram. Mas, através dos fósseis, tratados especialmente em laboratórios, e com o auxílio de instrumentos competentes, como microscópios de grande ampliação, os paleobotânicos  podem, saber como eram.


Enquanto a vida vegetal esteve circunscrita às massas de água, as plantas se nutriam pela absorção das substâncias nelas dissolvidas. De-pois da transição para o solo, só subsistiram os vegetais que tinham condições para adaptar-se ao novo ambiente: a grande maioria era de algas gigantes e fetos (plantas pteridófitas criptórgamas vasculares. Criptógarnas porque não formam flores; vasculares porque possuem vasos).


Nos períodos geológicos seguintes, essas plantas evoluíram ininterrupta-mente. Desenvolveram raízes e caules, que as sustentassem e nutrissem, aumentando de altura e possibilitando a dispersão dos esporos (corpúsculos de reprodução das pteridófitas). As folhas surgiram sobre os caules e através delas as plantas puderam efetuar a fotossíntese (síntese processada pelas células clorofiladas das folhas, através da qual, e sob a ação da luz, a planta produz matéria orgânica, a partir da água e do gás carbônico). No interior dos caules formou-se o tecido vascular que transporta, rapidamente, as substâncias nutritivas, da raiz para as folhas, e vice-versa.


Os fetos ou samambaias, sendo os mais numerosos vegetais no Período Carbonífero, foram os que produziram maior quantidade de jazidas de carvão-de-pedra.


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AS PRIMEIRAS PLANTAS QUE SURGIRAM NA TERRA


O estudo de vários fósseis forneceu dados para as reproduções de vegetais primitivos constantes da ilustração acima. Nem todas as plantas nela reunidas coexistiram, pois pertenceram a diferentes períodos geológicos — Siluriano, Devoniano e Carbonífero —, e algumas espécies desapareceram antes que outras surgissem. Mas são todas de uma era geológica, a Paleozoica.


A Nematophyton é um dos vegetais mais antigos, de transição entre as espécies aquáticas e terrestres. Seus restos fósseis foram encontrados na Europa e nos Estados Unidos, em rochas do Siluriano e Devoniano. Tem a aparência e a estrutura de uma grande alga, exceto pelo caule, constituído internamente por tubos, através dos quais a planta obtinha nutrição. Essa formação equivale à do tecido vascular das plantas atuais, embora fosse mais simples. Não se tem conhecimento de raízes, ramos ou órgãos reprodutores dessa planta, cujo caráter de vegetal terrestre é confirmado pela ocorrência de fósseis em depósitos carboníferos.


Também entre as primeiras plantas terrestres está a Taeniocrada, desprovida de raízes ou folhas. Tinha ramos achatados e esporos encerrados em cápsulas. Cresceu em terrenos úmidos.


A Sciadophyton tinha características muito semelhantes à Taeniocrada. já a Rhynia era parecida aos juncos atuais. Esse nome lhe foi dado porque seus restos fósseis apareceram em Rhynia, região da Escócia. Através deles foi identificada como vegetal dos períodos Siluriano e Devoniano. Rhynia tinha um caule fino, subterrâneo e horizontal (rizoma) de onde partiam vários ramos. A extremidade de cada um, urna expansão continha os esporos.


Duas espécies também muito primitiva.a Pseudosporochnus e a Duisbergia tinham caules grossos, que lhes davam o aspecto de árvores. Mas não se sabe se a constituição dos "troncos" era lenhosa ou herbácea. Com 3 m de altura, eram desprovidas de verdadeiras raízes e folhas. Dos ramos pendiam estruturas coloridas, à guisa de flores, que encerravam os esporos.


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Do Devoniano em diante


Restos fósseis do começo do Devoniano foram encontrados pela primeira vez em jazidas de Quebec, no Canadá. O vegetal fossilizado chamou-se Psilophyton., tinha urna altura de 1,25 m e ramificações cujos terminais enrolava-se sobre si mesmos.


Do fim do Devoniano e do Carbonífero, encontraram-se os fósseis da Asteroccdamites planta pertencente ao grupo Equisetales, que hoje se faz representar pelo Equiseto (pteridófita da família Equisetaceae). O Equiseto é, portanto, considerado um "fóssil vivo".


Ainda no Período Devoniano, apareceram duas espécies de Pteridosperma (Girrinosperma): a Archaeopteris e a Aneuriphyton que se tornaram muito difundi,- das no Carbonífero. Tinham a aparência de árvores, com tronco lenhoso e grandes folhas muito subdivididas, à semelhança das folhas de samambaia.


Também originária do Período Devoniano, a Archaesigillaria tinha o tronco e os ramos recobertos de folhas, dispostas como as escamas de um peixe.


E no Período Carbonífero originou-se urna das primeiras representantes da família Cordaitales: a Pytis, semelhante a urna grande árvore (30 a 40 m) que é tida como ancestral das coníferas, ou seja, dos pinheiros de hoje. Foram as primeiras plantas a produzirem sementes.


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