Da costa para o mar: a evolução das baleias
Conheça um pouco da trajetória desses majestosos animais que
atravessaram as eras da Terra, entre mar e terra.
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Gigantes dos oceanos
O maior animal já
encontrado é a incrível baleia-azul (Figura 2). Ela
vive calmamente se alimentando a base filtração pelos oceanos. O aparato de
filtragem é a barbatana (Figura 3), uma especialização de queratina (não esmalte),
parecida com uma escova, derivada do epitélio oral que ocupa o local em que se
esperaria que houvesse dentes na maxila superior.
“Osso de baleia” é um nome enganoso para a barbatana. O termo não é apropriado porque não existe qualquer osso na barbatana. Devido ao fato da barbatana ser franjada, atua como um filtro segurando alimento presente na corrente da água que passa através dela.
A preferência alimentar depende pouco das espécies, mas a maioria das baleias misticetas (baleias verdadeiras) filtra pequenos peixes ou crustáceos parecidos com camarões chamados Krill (Figura 4), os quais vivem em grupos densos. O alimento recolhido na barbatana é lambido pela língua e engolido.
“Osso de baleia” é um nome enganoso para a barbatana. O termo não é apropriado porque não existe qualquer osso na barbatana. Devido ao fato da barbatana ser franjada, atua como um filtro segurando alimento presente na corrente da água que passa através dela.
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Figura 2. A majestosa baleia-azul
(Balaenoptera musculus). Fonte da imagem: R7.
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A preferência alimentar depende pouco das espécies, mas a maioria das baleias misticetas (baleias verdadeiras) filtra pequenos peixes ou crustáceos parecidos com camarões chamados Krill (Figura 4), os quais vivem em grupos densos. O alimento recolhido na barbatana é lambido pela língua e engolido.
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Figura 3. Barbatanas de uma baleia.
Fonte da imagem: Sobre patas e Garras.
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As baleias-azuis e
baleias-jubartes representam um subgrupo de baleias de barbatana chamadas
rorquais. As baleias-francas são o outro subgrupo. Em ambos os grupos, os
dentes estão ausentes, as barbatanas estão presentes e o crânio é longo e
arqueado para sustentar o equipamento de filtragem.
Como as baleias se alimentam?
Para se alimentar, as
baleias-francas separam as suas maxilas ligeiramente e nadam através de
cardumes de krill (Figura 4). A corrente de água
entra pela boca e passa pela parede lateral suspensa da barbatana. Aqui, o krill se enrosca na barbatana franjada e
é lambido e engolido. A baleia-azul se alimenta de maneira diferente. Conforme
se aproxima de uma cardume de peixes ou krill,
abre bem a boca para nadar e engolir as presas concentradas e também a água.
Sulcos pregueados ao longo do seu pescoço e barriga permitem que a garganta se infle como uma bolsa e se encha com essa enorme massa de água. Cerca de 70 toneladas de água são mantidas temporariamente na garganta expandida. A baleia, então, contrai a bolsa dilatada, forçando a água através da barbatana onde o alimento é filtrado, coletado pela língua e engolido.
Sulcos pregueados ao longo do seu pescoço e barriga permitem que a garganta se infle como uma bolsa e se encha com essa enorme massa de água. Cerca de 70 toneladas de água são mantidas temporariamente na garganta expandida. A baleia, então, contrai a bolsa dilatada, forçando a água através da barbatana onde o alimento é filtrado, coletado pela língua e engolido.
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Figura 4. Os pequenos Krills.
Fonte da imagem: Keyword.
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Observou-se que as
baleias-jubartes (Figura 5) liberam bolhas de ar enquanto estão circundando um cardume de
presas nadando acima delas. Conforme as bolhas de ar sobem, elas formam uma
“nuvem de bolhas” que pode encurralar ou conduzir o cardume até a superfície à
frente da baleia. A nuvem de bolhas pode também imobilizar ou confundir os
cardumes de presas, fazendo com que se agrupem, ou pode disfarçar a baleia
conforme se move para cima com a sua boca aberta pelo centro da nuvem de
bolhas.
Algumas baleias-jubartes começam a se alimentar na superfície batendo a sua cauda contra a água conforme mergulham. Assim que os lobós da cauda estão para reentrar na água, deixando uma efervescência de bolhas na superfície. Imagina-se que isso assuste as presas e as estimule a se agrupar bem juntas em um cardume. A baleia, então, libera uma nuvem de bolhas conforme mergulha, a qual é seguida por um bote para alimentação através da nuvem de bolhas para pegar a presa na sua boca.
Algumas baleias-jubartes começam a se alimentar na superfície batendo a sua cauda contra a água conforme mergulham. Assim que os lobós da cauda estão para reentrar na água, deixando uma efervescência de bolhas na superfície. Imagina-se que isso assuste as presas e as estimule a se agrupar bem juntas em um cardume. A baleia, então, libera uma nuvem de bolhas conforme mergulha, a qual é seguida por um bote para alimentação através da nuvem de bolhas para pegar a presa na sua boca.
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Figura 5. Baleia-jubarte
(Megaptera novaeangliae).
Fonte da imagem: ÚltimoSegundo.
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As baleias no registro fóssil
Os fósseis de baleia
mais antigos vêm do Oligoceno e apresentam semelhanças inconfundíveis com os
mamíferos terrestres ancestrais. Dentes incisivos, caninos, pré-molares e
molares distintos estão presentes. A partir dessas primeiras baleias (Figura 7), duas
linhagens recentes principais logo surgiram. Veja como é feito a morfologia funcional em organismos fósseis neste link:
Uma é a das baleias com barbatanas, formalmente chamadas de misticetas. A outra linhagem principal de baleias é a das baleias com dentes ou odontocetas, incluindo os cachalotes (Figura 6), as orcas e outras baleias com dentes.
Uma é a das baleias com barbatanas, formalmente chamadas de misticetas. A outra linhagem principal de baleias é a das baleias com dentes ou odontocetas, incluindo os cachalotes (Figura 6), as orcas e outras baleias com dentes.
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Figura 6. Baleias
do Mundo. Fonte da imagem: Mergulhadores.
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Nas baleias com
barbatanas e com dentes, o crânio é encaixado como em um telescópio. Alguns
ossos são comprimidos entre si e até se sobrepõem e ainda assim um longo
focinho persiste. Nas odontocetas, o prolongamento para trás dos ossos faciais
cria o focinho. Nas misticetas, os ossos occipitais são empurrados para frente.
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Figura 7. Evolução das baleias,
do mais antigo ao derivado. Fonte da imagem: Fernanda Viana.
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Embora adquirido de
forma diferente, o resultado é o mesmo – o posicionamento das narinas para uma
posição mais central e dorsal. Quando uma baleia vai para a superfície para
respirar, a posição das narinas permite a ventilação fácil dos pulmões e a
entrada de ar fresco sem que a baleia tenha que tirar a sua cabeça inteira para fora da água.
Referência
Kardong. Vertebrados, Anatomia
Comparada, Função e Evolução. 2011
Ótima postagem gostei muito, ganhou um fã abraços.
ResponderExcluirMe segue, que eu sigo de volta!
http://nintudo.blogspot.com.br/
https://plus.google.com/+NinTudo/
Olá Nin Tudo,
ExcluirQue bacana que você gostou. Pode deixar que vamos te seguir sim, quanto mais parceiros e amigos melhor não é mesmo?
Um grande abraço,
Equipe BioOrbis.