Descubra algumas características surpreendentes das cobras
O termo vulgar de cobra é altamente difundido, mas o
termo correto e científico é serpente. Veja algumas características incríveis
sobre esses animais.
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Serpente do gênero Corallus. Fonte da imagem: Serpente
mania.
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VAMOS DESCOBRIR...

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Características das cobras
As maxilas das cobras são altamente cinéticas, com grande liberdade de movimento.
Os ossos do crânio que, em outros répteis, são fixos à caixa craniana ou têm movimento restrito são articulados nas cobras em cadeias ligadas com extensa movimentação com relação à caixa craniana (Figura 2).
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Figura 2. Crânio de uma serpente. Fonte da imagem: Banco Internacional de objetos educacionais.
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Ossos conectados das serpentes
Essa movimentação independente e para fora das maxilas (não um movimento “desconjuntado” das maxilas) permite à maioria das cobras engolir presas grandes. Pouco a pouco, as maxilas dilatadas são movimentadas em passos alternados sobre a presa até que essa seja completamente engolida.
A cascavel e sua picada mortal
Durante o bote da cascavel (Figura 3), o movimento para frente desses ossos ligados eleva a maxila e posiciona o dente inoculador para injetar peçonha na presa. Os dentes inoculadores (Figura 3) das serpentes são dentes modificados com núcleos ocos deforma que a peçonha flua desde a sua base até a presa.
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Figura 3. Dentes inoculador de veneno. Fonte da imagem: Mundo educação. |
Os dentes inoculadores da maioria
das cobras venenosas são mais compridos do que os outros dentes da boca e os
dentes inoculadores das víboras são especialmente compridos.
A extensa rotação da maxila que contém o dente inoculador em tais cobras permite que esse dente longo possa ser dobrado para cima ao longo do lábio superior quando não está sendo utilizado, liberando a passagem.
A extensa rotação da maxila que contém o dente inoculador em tais cobras permite que esse dente longo possa ser dobrado para cima ao longo do lábio superior quando não está sendo utilizado, liberando a passagem.
As gigantes cobras constritoras
A ideia de que as
cobras “desarticulam” suas maxilas quando engolem é errada. Pelo contrário, a
grande liberdade de rotação entre os elementos das cadeias cinemáticas, o
movimento independente de cada um e a capacidade de alargar as flexíveis
maxilas para fora acomodando presas volumosas contam para a flexibilidade das
maxilas das cobras.
Esses processos, e não uma desarticulação permitem que as cobras engulam (embora lentamente, como as sucuris e pítons, veja na Figura 4) presas relativamente grandes inteiras.
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Figura 4. Sucuri engolindo uma presa. Fonte da imagem: No Amazonas é assim. |
Esses processos, e não uma desarticulação permitem que as cobras engulam (embora lentamente, como as sucuris e pítons, veja na Figura 4) presas relativamente grandes inteiras.
Referência
Kardong. Vertebrados, Anatomia
Comparada, Função e Evolução. 2011.
Eu tenho pavor de serpentes. Essas infor
ResponderExcluirmacoes sao importantes para o nosso conhecimento. Parabéns a equipe.
Olá Angela,
ExcluirRealmente elas causam muito pavor em muita gente. Mas suas características são fascinantes.
Agradecemos pelo comentário, um grande abraço.
Equipe BioOrbis.