Pterossauros: os répteis voadores da era dos dinossauros

Venha descobrir um pouco mais sobre esses animais pré-históricos incríveis, os pterossauros.

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Imagem de Sebastian Ganso por Pixabay 

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OS ARCHOSAURIA E AS ORIGENS DOS PTEROSSAUROS


Os Archosauria deram origem a duas irradiações independentes de animais voadores. As Aves constituem uma dessas linhagens e sua similaridade com outros Archosauria é tão marcante que, se tivessem desaparecido no final da Era Mesozóica, seriam consideradas apenas mais um grupo de Archosauria altamente especializado. A outra linhagem de Archosauria voadores eram os Pterosauria do Triássico Superior e do Cretáceo. Variavam desde Pterodactylus, do tamanho de um pardal, até Quetzalcoatlus que possuía uma envergadura de 13 metros.

A estrutura das asas dos Pterosauria era completamente diferente daquela das aves. O quarto dedo dos Pterosauria era alongado e sustentava uma membrana de pele fixa às laterais do corpo e, talvez, aos membros pélvicos. Um pequeno osso em forma de tala conectava-se à margem distai do carpo e, provavelmente, sustentava uma membrana que se estendia para a frente até o pescoço.

Os primeiros pterossauros Rhamphorhynchoidea possuíam uma cauda longa com uma porção expandida na extremidade, presumivelmente utilizada na navegação, mas os últimos Pterodactyloidea não possuíam cauda.

EVOLUÇÃO PARALELA ENTRE OS PTEROSSAUROS E AVES


As demandas mecânicas para o voo estão refletidas na estrutura dos vertebrados voadores, e não é surpresa que os pterosauros e aves possuem um alto grau de evolução paralela. Os ossos longos dos pterossauros eram ocos, como nas aves e em muitos outros Archosauria, reduzindo o peso com pouca perda de resistência. O esterno, ao qual se ligam os poderosos músculos do voo, era bem desenvolvido nos pterossauros, embora não apresentasse a quilha vista nas aves (Um esterno quilhado não é essencial para o voo - os morcegos têm um esterno plano).

Os olhos eram grandes e moldes das cavidades encefálicas dos pterossauros mostram que as porções do encéfalo associadas à visão eram grandes e as áreas olfatórias, pequenas, como nas aves. O cerebelo, que se relaciona ao equilíbrio e à coordenação dos movimentos, era grande em proporção às outras partes do encéfalo, assim como acontece nas aves.

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AS ESPÉCIES DE PTEROSSAUROS


Alguns pterossauros perderam os dentes e desenvolveram um bico semelhante ao das Aves. Outros possuíam dentes cônicos e afiados, em um crânio arredondado, que recorda o dos morcegos. Alguns pterossauros com crânios alongados e dentes fortes e afiados podem ter capturado peixes ou pequenos tetrápodes. Pterodaustro possuía um focinho extremamente alongado, dotado de um arranjo de dentes finos que lembrava a forma de u m pente e que pode ter sido utilizado na coleta de pequenos organismos aquáticos. Dsungaripterus tinha maxilas longas que se uniam nas extremidades como um par de pinças. As extremidades das maxilas provavelmente eram cobertas por um bico córneo e dentes rombudos ocupavam a porção caudal da maxila.

Esses animais podem ter retirado caracóis de rochas com o bico e os triturado com seus dentes largos. Thalassodromeus sethi, um pterosauro do Cretáceo Inferior do Brasil, tinha maxilas alongadas sem dentes um bico interno com lâminas afiadas na extremidade rostral.

Essa forma é similar aos bicos de aves vivente conhecidas como peneiradores. Essas aves voam próximo à superfície da água e mergulham o bico para capturar peixes e crustáceos próximos à superfície; Thalassodromeus pode ter tido um estilo de caça semelhante.

A capacidade de voo dos pterossauros


A capacidade de voo dos pterossauros tem sido debatida há muito tempo e a maioria das hipóteses relativas à sua ecologia foi baseada na premissa de que eram voadores ineficientes. Essa premissa levou a sugestões de restrições de atividades e de habitats dos pterossauros que parecem improváveis para um grupo de animais que foi, claramente, diversificado e bem sucedido ao longo de grande parte da Era Mesozoica.

Uma análise aerodinâmica sugere que a capacidade de voo dos pterossauros foi subestimada. Essa visão sugere que os pterossauros de pequeno porte eram voadores lentos e manejáveis como os morcegos. Os pterossauros de grande porte parecem ter se especializado em planar como as fragatas e alguns abutres.

Como os pterossauros conseguiam voar?


Especulações sobre as habilidades de voar dos pterossauros dependem da suposição que se faça sobre a forma de suas asas. Ela estendia-se exteriormente até a extremidade do quarto dedo, mas onde estava presa ao corpo? Ela terminava na cintura ou estendia-se até os membros pélvicos, como acontece nos morcegos? A estrutura da asa pode ter variado entre os pterossauros.

Um fóssil de Pterodactylus mostra que a asa estava ligada, pelo menos, até a coxa enquanto que um fóssil extremamente bem preservado de Sordes pilosus de sedimentos do Jurássico no Cazaquistão, mostra que os membros pélvicos estavam envolvidos nas estruturas de voo. A asa dessa espécie estava ligada ao longo da face externa do membro pélvico até o tornozelo e outra membrana de voo - o uropatágio - estendia-se entre os membros pélvicos e era controlado pelo quinto dedo. Esse grau de envolvimento dos membros pélvicos com as asas deve ter limitado seu desempenho na locomoção terrestre (como é o caso dos morcegos) e Sordes deve ter sido um caminhador desajeitado, em superfícies planas, mas um bom escalador de rochas e árvores.

Fósseis de pterossauros não mostraram claramente a estrutura tridimensional do pé, sendo que as reconstruções sobre sua locomoção, no solo, são apenas especulações. Um fóssil de Dimorphodon, um pterossauro primitivo descoberto no México, mostra detalhes da estrutura do pé que eram desconhecidos até então. O modo como os ossos do pé se articulam mostra que o Dimorphodon colocava o seu pé completamente no solo durante a locomoção, como fazem as aves, ao invés de caminhar sobre os dedos, como os dinossauros bípedes.

Essa interpretação condiz com os rastros fósseis que se acredita representarem os pterossauros, e que mostram impressões do pé inteiro, bem como marcas das mãos.

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PTEROSSAUROS BRASILEIROS


Paleontólogos brasileiros desenterraram uma grande berço de ossos com pelo menos 47 indivíduos de um pterossauro até então desconhecido. Foi nomeado de Caiuajara dobruskii.

A espécie de pterossauro que foi nomeada de Caiuajara dobruskii viveram no que é hoje o sul do Brasil entre 94 e 72 milhões de anos, no período Cretáceo. Este réptil era gregário, vivendo em colônias, e muito provavelmente precocial, sendo capaz de voar a uma idade muito jovem.

Os ossos fósseis de Caiuajara dobruskii foram coletados a partir da Formação Goio-Erê, no estado do Paraná no sul do Brasil. Eles pertenciam a pelo menos 47 indivíduos que variam de jovens para adultos, com uma asa que mede cerca de 0,65 a 2,35 m.

Várias características anatômicas mostram que Caiuajara dobruskii pertence a Tapejaridae, um clado de pterossauros e pterodáctilos desdentados. De acordo com um artigo publicado na revista PLoS ONE, Caiuajara dobruskii é o mais novo membro da família Tapejaridae e a ocorrência mais meridional conhecido do clado.

"Várias características da cabeça de Caiuajara dobruskii diferem de todos os outros membros deste clado, incluindo a presença de uma expansão óssea projetada no interior da grande abertura no crânio em frente dos olhos, e as depressões arredondadas na superfície exterior do maxilar, "os paleontólogos explicaram.

"Répteis mais jovens e mais velhos variam principalmente no tamanho e ângulo da crista óssea no topo da cabeça. A crista parece mudar dos pequenos e inclinar em juvenis, e depois ficam bem grandes e íngreme nos adultos. "

PTEROSSAUROS EM MINIATURA


A ordem dos Pterosauria, variavam de tamanho, desde o Pterodactylus, do tamanho de um pardal, até Quetzalcoatlus, que possuía uma envergadura de 13 metros. A estrutura das asas dos Pterosauria era completamente diferente das aves hoje viventes.

O quarto dedo dos Pterosauria era alongado e sustentava uma membrana de pele fixa às laterais do corpo e, talvez, aos membros pélvicos. Um pequeno osso em forma de tala conectava-se à margem distai do carpo e, provavelmente, sustentava uma membrana que se estendia para a frente até o pescoço. Os primeiros Pterosauria possuíam uma cauda longa com uma porção expandida na extremidade, presumivelmente utilizada na navegação, mas os últimos viventes desses animais não possuíam cauda.

As demandas mecânicas para o voo estão refletidas na estrutura dos vertebrados voadores, e não é surpresa que os pterosauros e aves tem um alto grau de evolução paralela. Os ossos longos dos Pterosauria eram ocos, como nas aves e em muitos outros Archosauria, reduzindo o peso com pouca perda de resistência.

Paleontólogos descobriram restos fossilizados de um pequeno pterossauro, um réptil voador pré-histórico, que viveu cerca de 77 milhões de anos atrás (época do Cretáceo Superior) e tinha aproximadamente uma envergadura de 1,5 m.

Esse novo espécime pertencia a uma família extinta de pterossauros de asas curtas e desdentados, chamados Azhdarchids. É incomum, já que a maioria dos pterossauros do Cretáceo eram muito maiores, com asas chegando a aproximadamente 4 a 11 metros de envergadura.

Estudos anteriores sugerem que os céus do Cretáceo foram ocupados apenas por pássaros pré-históricos e grandes pterossauros, mas esta nova descoberta, que for registrada na revista Open Science, fornece informações importantes sobre a diversidade e o sucesso desses animais pré-históricos do Cretáceo.

"Este novo pterossauro é excitante porque sugere que pequenos pterossauros estavam presentes até o final do Cretáceo e não foram superados pelas aves", disse a principal autora, Elizabeth Martin-Silverstone, da Universidade de Southampton.

"Os ossos ocos dos pterossauros são notoriamente mal conservados, e animais maiores parecem ser preferencialmente preservados em ecossistemas do Cretáceo Superior da mesma idade na América do Norte." "Isso sugere que um pequeno pterossauro raramente seria preservado, mas não necessariamente que eles não existissem".

A família Azhdarchidae


Azhdarchidae foi uma família de pterossauros gigantes do período cretáceo que incluía o famoso gênero Quetzalcoatlus.

Eram provavelmente os maiores animais voadores que já existiram, mas segundo os cientistas, eles passavam boa parte do tempo em terra firme, se alimentando de pequenos animais como lagartos e possivelmente mamíferos.

Uma das características mais marcantes do grupo é a presença de um pescoço muito alongado e da cabeça grande com bicos desprovidos de dentes. Antigamente se acreditava que, assim como outros pterossauros, os azhdarchidae caçavam no mar como enormes gaivotas, mas hoje sabe-se que eles se alimentavam em terra.

Os restos fósseis


Embora fragmentado e mal preservado, o espécime é o primeiro remanescente associado de um pequeno pterossauro do Cretáceo.

Os ossos fossilizados (um úmero, vértebras dorsais e outros fragmentos) foram encontrados em Hornby Island, na Colúmbia Britânica, em 2009.

"O espécime está longe de ser o fóssil de pterossauro mais bonito ou mais completo que você já viu, mas ainda é um achado interessante e significativo", disse o co-autor Dr. Mark Witton, da Universidade de Portsmouth.

“É raro encontrar fósseis de pterossauros, porque seus esqueletos eram leves e facilmente danificados depois de mortos, e os pequenos são os mais raros de todos. Mas a sorte estava do nosso lado e vários ossos deste animal sobreviveram as intempéries do ambiente e foram preservados. ”

“Felizmente, o suficiente do espécime foi recuperado para determinar a idade aproximada do pterossauro no momento de sua morte. Ao examinar sua estrutura óssea interna e a fusão de suas vértebras, podemos ver que, apesar de seu pequeno tamanho, o animal estava quase totalmente crescido”.

"O espécime, portanto, parece ser uma espécie genuinamente pequena, e não apenas um bebê ou um juvenil de um tipo maior de pterossauro."

"A ausência de pequenos juvenis de espécies grandes - que devem ter existido - no registro fóssil é evidência de um viés de preservação contra pequenos pterossauros no Cretáceo Superior", disse Martin-Silverstone.

"Isso aumenta o crescente número de evidências de que o período do Cretáceo Superior não foi dominado por espécies grandes ou gigantes, e que os pterossauros menores podem ter sido bem representados neste período".

Referências
Martin-Silverstone E. et al. 2016. A small azhdarchoid pterosaur from the latest Cretaceous, the age of flying giants. R. Soc. Open Sci. 3: 160333; doi: 10.1098/rsos.160333.
POUGH, F. Harvery; JANIS, Christine M; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora São Paulo, 2006.
Sites: Sri-News.com.

2 comentários:

  1. E já decidiram se eles tinham pelos ou penas?

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    1. Olá forsadetartaruga,

      Até onde sei, penas não tinham, e pelos muito menos, pois os pelos são uma característica derivada dos mamíferos. Como os pterossauros eram répteis voadores, provavelmente as penas podiam ter, mas acho que eles tinham asas como as dos morcegos e aqueles pequenos lagartos do gênero Draco hoje em dia.

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