Origem da vida na Terra e evolução dos seres vivos através das eras

Como surgiu a vida? Uma pergunta intrigante. Mas antes de falarmos da vida na Terra, mostraremos as condições para a que a vida se prolifera-se e se expandisse sobre o planeta...

Imagem de Luminas Art por Pixabay 


VAMOS DESCOBRIR...


CONDIÇÕES PARA A EXISTÊNCIA DA VIDA NA TERRA


Água líquida em abundância: a água é a base da vida. Os primeiros seres vivos, por exemplo, surgiram em ambientes aquáticos para, posteriormente, conquistar a terra firme.

Atmosfera estável e rica em oxigênio: a Terra mantém uma atmosfera há bilhões de anos. Sem ela, não existiria vida. Com o passar do tempo, a quantidade de oxigênio aumentou, possibilitando o desenvolvimento da grande maioria dos seres vivos que dele dependem para sobreviver.

Uma estrela na distância adequada: a Terra não se localiza nem muito perto nem muito longe do Sol, o que permite, entre outras coisas, a existência de água em estado líquido e uma atmosfera estável.

Um satélite natural que ajuda a manter o planeta no lugar: a Lua estabiliza a inclinação da Terra, fundamental para a existência das estações do ano e para a regulação da temperatura global.

Esses fatore, aliados a tantos outros, abriram caminho não apenas para o surgimento da vida, como criaram condições para a sobrevivência e evolução ao longo de bilhões de anos.


OS PRIMEIROS SERES VIVOS


Como e quando surgiu a forma de vida pioneira? Esta é uma questão que mesmo os cientistas não sabem responder com exatidão. O certo é que esse evento, ocorrido há centenas de milhões de anos, mudou a história da Terra. Os seres vivos são capazes de se adaptar ao meio em que vivem para evoluir e deixar seus descendentes.


COMO SURGIU A VIDA?


Para tentar entender como surgiu a vida, uma questão que ainda não foi completamente desvendada pelos cientistas.

A Terra se formou entre 4,6 e 4,5 bilhões de anos aproximadamente, a partir da acumulação de pedaços de rochas espaciais e poeira cósmica que giravam a altas velocidades ao redor do Sol.

No início, o planeta se assemelhava a uma bola de fogo, coberto de rios de lava incandescente, com temperaturas elevadíssimas, e era incessantemente bombardeado por outros corpos celestes, como meteoros e cometas. Sob essas condições não havia água na superfície nem condições apropriadas para a formação da vida.


E VEM A ÁGUA...


Passados aproximadamente 500 milhões de anos, os impactos de cometas e meteoros contra a Terra diminuíram, ao mesmo tempo que uma enorme quantidade de vapor d'água se concentrou na densa atmosfera. Em dado momento, o vapor d'água começou a condensar e a ocasionar chuvas torrenciais

A água líquida resfriou lentamente a superfície e se acumulou em partes baixas, formando os primeiros lagos e oceanosNão pense, que as condições se mantiveram intactas. Por diversas vezes, outros cataclismos e choques de corpos celestes afetaram a Terra, evaporando os oceanos e modelando a inóspita paisagem.


...E APARECE O PRIMEIRO SER VIVO


Os cientistas estimam que as primeiras formas de vida tenham surgido entre 4,1 e 3,9 bilhões de anos atrás. Eram organismos muito simples, constituídos de uma única célula, semelhantes às bactérias atuais. A primeira forma de vida teria se formado a partir de uma combinação de compostos orgânicos químicas e ambientais. De que modo tudo isso aconteceu nos mínimos detalhes, nem os maiores estudiosos da atualidade são capazes de responder. Mas o importante é que já conseguimos ter uma ideia de como tudo deve ter iniciado.

Em uma descoberta recente, seres vivos provavelmente mais antigos da Terra, são micróbios que viviam sem oxigênio, encontrados fósseis datados 3,4 bilhões de anos. Mais informações sobre ele no site: Cientistas descobrem fósseis de ser vivo de 3,4 bilhões de anos.


OXIGÊNIO, UMA REVOLUÇÃO


O surgimento da vida, ainda que fossem seres extremamente simples, produziu alterações de longo prazo que culminaram com o a evolução de seres vivos maiores e mais complexos. Durantes cerva de 2 bilhões de anos, as bactérias foram as únicas formas de vida na Terra. Um evento essencial para o salto evolutivo dos seres vivos ocorreu há 2 bilhões de anos: a produção do oxigênio.

Sob as condições que a Terra primitiva fornecia, água líquida em abundância, luz solar, ambiente rico em gás carbônico, as bactérias começaram a gerar oxigênio, o que transformou a composição química da atmosfera.

OXIGÊNIO, A ENERGIA VITAL


A presença de oxigênio em maior quantidade na atmosfera provocou uma revolução da vida terrestre. Organismos antes adaptados ao ambiente sem oxigênio desaparecem ou tiveram de buscar outras alternativas para sobreviver.

Já outros seres vivos tiraram proveito da nova composição atmosférica para criar oportunidades de desenvolvimento. Explica-se: o oxigênio incrementou as funções metabólicas dos seres vivos, o que resultou em maior geração de energia, que serviu de "combustível" para a evolução.

A EXPLOSÃO DA VIDA NO PLANETA TERRA


Ao longo de centenas de milhões de anos, a vida animal evoluiu, diversificou-se e sofreu inúmeras extinções em massa até chegar aos dias de hoje.


COMO ERAM OS PRIMEIROS ANIMAIS COMPLEXOS A VIVER NA TERRA?


Os primeiros 'proto-animais’ foram os Rangeomorfos. Seres bem antigos e que parecem ter formas bastantes simples para um organismos vivo, mas eram bastante complexos para época em que viviam.

Agora uma nova pesquisa mostra, que esses “pequenos” animais, podem terem sido os pioneiros na reprodução em organismos complexos.

Pesquisadores descobriram que esses organismos da fauna de Ediacarano, conhecidos como rangeomorfos, reproduzidos através de uma abordagem comum: eles enviaram pela primeira vez um "grupo avançado" para se estabelecer em uma nova área, seguida de uma rápida colonização.

Os rangeomorfos foram uns dos primeiros organismos complexos na Terra, e foram considerados alguns dos primeiros animais, embora seja difícil para os cientistas terem certeza absoluta.

Eles prosperaram nos oceanos durante o período Ediacarano, entre 580 e 541 milhões de anos atrás, e podem chegar a até 2 m de comprimento, embora sendo a maioria de cerca de 10 cm.

Se parecendo como árvores ou samambaias, eles não parecem ter bocas, órgãos ou meios de se mover, e nutrientes eram absorvidos provavelmente a partir da água em torno deles, por meio de filtração.

Como muitas das formas de vida durante o período Ediacarano, os rangeomorfos desapareceram misteriosamente no início do período Cambriano, que começou cerca de 540 milhões de anos atrás, por isso tem sido difícil estabelecer uma relação deles a quaisquer organismos modernos, ou para descobrir como eles viviam, o que comeram e como eles se reproduziam.

"Os rangeomorfos não se parecem com qualquer outra coisa no registro fóssil, que é por isso que eles são um mistério. Mas nós desenvolvemos uma nova forma de olhar para eles, o que nos ajudou a compreendê-las muito melhor. O mais interessante, como eles se reproduziam", disse o Dr. Emily Mitchell, da Universidade de Cambridge, Reino Unido, que é o principal autor um artigo publicado na revista Nature.

Utilizando técnicas estatísticas para avaliar a distribuição de populações de um rangeomorfos chamados Fractofusus, o Dr. Mitchell e os co-autores observaram que os rangeomorfos maiores, os 'avós' foram distribuídos aleatoriamente em seu ambiente, e foram cercados por padrões distintos de “filhos” e "pais" menores.

Esses padrões assemelham-se fortemente ao agrupamento biológico observado em plantas modernas, e sugere um duplo modo de reprodução: os 'avós' sendo o produto de propágulos de veiculação hídrica, enquanto os "pais" e "crianças" passam como 'corredores' enviados pela geração mais velha, como visto em plantas modernas.

"A reprodução desta forma feitas em rangeomorfos de grande sucesso, uma vez que tanto poderia colonizar novas áreas, rapidamente se espalhou, uma vez que chegam em outro local," disse o Dr. Mitchell.

"A capacidade destes organismos para alternar entre dois modos distintos de reprodução mostra o quão sofisticada sua biologia subjacente era, o que é notável em um ponto no tempo quando a maioria das outras formas de vida eram extremamente simples."

A BIODIVERSIDADE NA ÁGUA


No início do período Cambriano, na era Paleozóica, presenciou-se uma verdadeira explosão de vida animal nos oceanos. Surgiram moluscos, equinodermos e artrópodes, entre uma infinidade de seres vivos. Nesse período, também já estava estabelecida a base das grandes divisões do reino animal, os filos, bastante semelhante ás existentes atuais.

No período Ordoviciano, a vida continuou confinada ao meio aquático. Tiveram origem os crustáceos e os peixes sem mandíbulas. Como já havia ocorrido no Cambriano, aconteceu uma extinção em massa, provavelmente desencadeada por drásticas mudanças climáticas. Já no período Siluriano, surgiram os peixes com mandíbula e cresceram as primeiras plantas do planeta.

A CONQUISTA DA TERRA FIRME


O Devoniano é conhecido como o período dos peixes, ou idade dos peixes, por causa da enorme diversificação de espécies. As condições também forma propícias para aumentar a variedade de insetos. Outro fato extraordinário ocorreu no mesmo período: alguns seres vivos desenvolveram a capacidade de respirar fora da água, devido ao aparecimento de pulmões primitivos, e também a tentativa de procura de mais fontes de alimentos fora da água, pois possivelmente a disputa por comida na água aumentou. Como resultado, surgiram os primeiros vertebrados a viver em terra, os anfíbios.

O Devoniano foi encerrado com a terceira grande extinção em massa, responsável pelo desaparecimento de 70% das espécies animais. O aquecimento global ocorrido no período do Carbonífero favoreceu a expansão de florestas e regiões pantanosas, locais ideais para a proliferação dos anfíbios.

Os répteis se tornaram a classe de animais dominante no período Permiano, até que uma grande alteração climática teria eliminado 75% das espécies terrestres e mais de 90% das espécies aquáticas.

A IDADE DOS DINOSSAUROS


No período Triássico, o primeiro da era Mesozóica, os répteis dominaram a terra firme. Os mamíferos também estavam presentes, mas eram animais noturnos e pequenos, provavelmente para fugir dos predadores.

O período Jurássico ficou conhecido como a Idade dos Dinossauros, répteis bastante fortes que reinaram na Terra por dezenas de milhões de anos. Também surgiram as plantas com flores, o que possibilitou o aparecimento dos insetos polinizadores. Gradualmente animais com asas evoluíram dos dinossauros (a primeira ave foi o Archaeopteryx que teria levantado voo há 150 milhões de anos.


O período Cretáceo assistiu a uma rápida evolução das plantas com flores e dos animais que se alimentavam delas.

No final desse período, há cerca de 65 milhões de anos, os dinossauros foram extintos juntamente com outras formas de vida, provavelmente em virtude de um corpo celeste de grandes dimensões que teria chocado conta a Terra, provocando alterações de escala global, mudando a vida no planeta para sempre.

A EXPANSÃO DOS MAMÍFEROS


A extinção dos dinossauros favoreceu a expansão e diversificação das espécies mamíferas, inaugurando a era Cenozoica. Com abruptas mudanças climáticas do período Quaternário, que tem início há 1,8 milhão de anos e segue até os dias atuais, os mamíferos, inclusive o ser humano, tornaram-se as formas de vida dominantes na Terra.


Vimos do início da formação da Terra ate os dias atuais, somente um resumo de como a Terra passou por muitas coisas antes da nossa existência, e provavelmente por coisas piores que os problemas que enfrentamos hoje.

Referência 
POUGH, F. Harvery; JANIS, Christine M; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora São Paulo, 2006.
KARDONG, Kenneth V. Vertebrados, Anatomia Comparada, Função e Evolução. Editora Roca LTDA,  2011. 10-3668. CDD: 596. CDU: 597/599.
Sites: Sci-News.com.
Revista Animais Incríveis, Um Mundo de Informações e Curiosidades.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. E isso é só um pingo no oceano do que sabemos sobre as origens da vida e os primórdios do nosso planeta Terra.

      Agradecemos pelo comentário, um grande abraço.

      Equipe BioOrbis.

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