Qual a diferença entre queimadas e incêndios florestais?
Você sabe a diferença entre as
queimadas e os incêndios florestais? Então venha para saber mais sobre.
Incêndio florestal. Imagem de skeeze por Pixabay |
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QUAIS SÃO AS CAUSAS DO FOGO NAS FLORESTAS?
Primeiro vamos mostrar
quais são as causas do fogo nas florestas. O fogo nos ecossistemas florestais
pode ser entendido como o resultado da união do oxigênio presente no ar, com o
carbono existente na orgânica da vegetação, o qual é iniciado por uma fonte de
ignição ou mesmo por uma alta temperatura no ambiente. Este processo está
associado a presença de fatores climáticos favoráveis tais como umidade
relativa, precipitação pluviométrica, temperatura e vento. O fogo pode ser
originado de um incêndio natural, queima controlada, uma queima acidental ou
até intencional.
Não deixe ver outra postagem nossa sobre os efeitos do fogo:
DIFERENÇA ENTRE QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS
Primeiro vamos falar
da queimada e após os incêndios florestais. E também é importante mostrar o que
é um foco de calor e um aceiro.
Queimadas
As queimadas fazem
parte de técnicas tradicionais, em quase todo o Brasil, ou seja é uma ação
antrópica não natural. O objetivo dessas queimadas é limpar uma área para o plantio
de culturas temporárias. Suas cinzas contribuem com a fertilidade nem primeiro
momento após o fogo se extinguir, mas se o fogo persistir pode vir a empobrecer
o solo e ficará impróprio para o plantio. Depois de algumas colheitas essa área
é deixada para descanso com a recuperação da vegetação.
Para essas queimadas
feitas pela ação do homem não se transformem em incêndios, como no caso são
feitas próximas à florestas nativas, é preciso aplicar algumas técnicas de
segurança, entre elas a construção de aceiros, que falaremos após o incêndio
florestal.
Incêndio florestal
O incêndio florestal é
um fogo que se propaga sem controle em um terreno com florestas urbanas e nativas,
afetando a flora e fauna. Um incêndio florestal distingue-se de outros tipos de
incêndio pela sua ampla extensão, a velocidade com a qual se pode estender
desde o seu lugar de origem, o seu potencial para mudar de direção
inesperadamente, e a sua capacidade para superar obstáculos como estradas, rios
e aceiros.
Dependendo do tipo de vegetação em que ocorre, um incêndio florestal
também pode ser classificado mais especificamente como uma das seguintes
ocorrências:
- fogo de taiga;
- fogo de estepe;
- fogo do deserto;
- fogo de pampa;
- fogo de savana;
- fogo da tundra;
- fogo de montanha;
- fogo de caatinga;
- fogo de pastagem.
Um incêndio possuiu
três fases distintivas: iniciação, propagação e extinção
- Iniciação: é
o começo do incêndio produzido por causas naturais ou maioritariamente pela
ação humana.
- Propagação: é
a extensão do incêndio pela vegetação próxima.
- Extinção: é
a finalização do incêndio por causas naturais (chuva ou falta de vegetação) ou
por ação humana (trabalhos de extinção), ou seja, pelos bombeiros.
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Aceiros
Agora que já viram a
diferença entre uma queimada e o incêndio florestal vamos mostrar o que é um
aceiro e o que é o foco de calor logo depois. A abertura de um aceiro é
fundamental para a contenção do fogo. Ele consiste em uma faixa sem vegetação,
que impeça o avanço das chamas. Pode ser aberto com ferramentas como enxadas e
rastelos, com trator ou com fogo. O aceiro de fogo (ou aceiro negro) só é
recomendado por quem domina a técnica, sob risco de causar um outro incêndio.
Foco de calor
Um foco de calor é um
dado capturado pelos satélites de monitoramento que estão a uma altitude de 700
a 900 km sobre o planeta. Os sensores do satélite registram temperaturas acima
de 47°C. Ao longo dos anos, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
tem avançado na auditoria das detecções de focos de calor com intuito de evitar
falsas detecções, desta forma, dificilmente um foco de calor detectado não seja
incêndio ou queimada. Um incêndio ou uma ocorrência podem gerar um ou vários
focos de calor, dependendo da extensão da linha de fogo.
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ECOLOGIA DO FOGO
Agora para finalizar
vamos mostrar a ecologia do fogo.
A ecologia do fogo ocupa-se dos processos que ligam a incidência natural do fogo
num ecossistema e os efeitos ecológicos do dito fogo. Muitos ecossistemas, em
particular a pradaria, a savana, o chaparral e os bosques de coníferas,
evoluíram com o fogo como um elemento necessário para a vitalidade e a
renovação do habitat.
Muitas plantas
germinam muito bem após incêndios e outras brotam (reprodução assexual) de modo
bastante eficaz. A planta Silva Manso (Adenocalymma nodosum) nativa do cerrado, é um bom exemplo. Diversos autores
relacionaram os conceitos de piroecologia e biodiversidade. Não é novo o
considerar que existe um papel fundamental do fogo nos nossos ecossistemas para
sua manutenção e equilíbrio.
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Referências
Landa; Giovanni
Guimarães. Ecologia – Uma ciência complexa vista sob uma linguagem simples.
Fundação Mariana Resende Costa. Primeira edição – 2008.
Laury Cullen Jr.;
Rudy Rudran; Cláudio Valladares-Padua. Métodos de Estudos em Biologia da
Conservação & Manejo da Vida Silvestre. Editora UFPR.
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