DESCUBRA A VESPA PARASITA QUE CONTROLA ARANHAS

Isso mesmo que você leu no título, tem uma vespa que é bem esperta, e ela consegue controlar aranhas. Mas como ela faz isso?


A aranha Trichonephila clavipes com a larva da vespa parasita Hymenoepimecis bicolor.


VAMOS DESCOBRIR...


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Uma marionete na própria teia


Vou contar uma história de como essa vespa foi descoberta primeiro. Em busca de teias com duas a três centenas de aranhas de uma espécie que vive em colônias, a famosa tecedeira dourada, que por sinal já temos uma postagem sobre ela no blog (A MAIOR TEIA DO MUNDO! CONHEÇA A ARANHA TECEDEIRA DOURADA), os biólogos Marcelo Gonzaga e Jober Sobczak encontraram algo ainda mais surpreendente: uma vespa pousada numa teia sem aranha à vista. Um excursionista desavisado provável mente passaria sem dar atenção à cena, mas, Gonzaga rapidamente armou a câmera fotográfica.


O instinto estava certo: logo em seguida, uma mosca foi capturada pela teia, a aranha saiu da folha enrolada que lhe servia de abrigo e, antes que alcançasse a refeição do dia, foi atacada. A vespa agarrou a aranha e inseriu o ovipositor na boca da dona da teia, liberando uma substância paralisante por tempo suficiente para que pudesse grudar um ovo na parte posterior do abdômen da vítima. O pesquisador não tirou o dedo do obturador da câmera e documentou tudo. “Foi muita sorte, não imaginávamos encontrar isso”, conta Gonzaga, professor na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, e membro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste Brasileira.


Interessante essa descoberta não é mesmo? Mas como realmente funciona tal processo? Eles descobriram:


COMO AS VESPAS CONSEGUEM CONTROLAR AS ARANHAS?


O que descreveram Gonzaga e Sobczak – aluno de doutorado de Angélica Penteado Dias, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), co-orientado por Gonzaga – é um procedimento complexo que envolve manipulação do hospedeiro pela vespa. Depois de paralisar a aranha (o veneno atinge o sistema nervoso central pelo gânglio subesofágico), a vespa inspeciona o abdômen da vítima e, se necessário, mata e remove alguma larva competidora. Na sequência, deposita ali um ovo de onde sai uma larva que adere ao corpo da aranha, faz furos em seu abdômen e se alimenta de hemolinfa, fluido correspondente ao sangue.


Duas semanas depois, na hora de a larva formar o casulo em que se tornará uma vespa adulta, a aranha subitamente altera a estrutura de sua teia. Ela praticamente deixa de produzir a espiral de fios viscosos que capturam as presas e monta uma estrutura mais simples e resistente – em alguns casos, cria até uma barreira de seda protegendo o casulo. A larva então se prende aos fios da teia com estruturas em forma de gancho que surgem em sua carapaça na última muda, mata a aranha e forma seu casulo.


Incrível descoberta não é mesmo? Eu mesmo tive o prazer de registrar a vespa e uma aranha com uma larva parasita nela (veja na entrada da postagem).


Quando estava caminhando pela floresta, reparei primeiro essa aranha com uma larva grande grudada nela. Foi ai que achei estranho. Registrei em foto. E deixei pro isso mesmo. Mas um dia vi um casulo em uma teia da mesma espécie da aranha que tinha a larva. E ao lado tinha um pequeno inseto (veja na imagem abaixo), ai também registrei e já comecei a desconfiar.


A vespa parasita (Hymenoepimecis bicolor) com seu casulo ao lado.


Como ainda não tinha descoberta o nome das espécie do inseto na teia, tinha reparado também que muitas teias no meio da floresta estava irregulares e com formatos estranhos. Depois com o nome da espécie da vespa achei esse artigo que fala tudo dela, onde os biólogos Gonzaga e Sobczak descrevem a a vespa parasita. Foi uma grande honra poder achar esses animais em minhas caminhadas por ai.


Se gostou da história e da vespa parasita, deixe nos comentários.


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