OS SEGREDOS E LENDAS DA VITÓRIA-RÉGIA
Nativa da região
amazônica, a planta é considerada uma das maiores
plantas aquáticas do mundo. Conheça abaixo curiosidades deste símbolo da flora brasileira.
✅ Canal no Youtube | Inscreva-se AGORA ✅
A incrível vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da
família das Nymphaeaceae,
endêmica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em
forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode
chegar até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem
distribuídos em sua superfície.
Sua linda
flor, no qual a floração ocorre desde o
início de março até julho,
expele uma fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de
"rosa lacustre", mantém-se aberta até o início da manhã seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa.
Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores
da espécie Cyclocefalo casteneaea, que a adentram e nelas ficam presos.
Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios) em que é possível controlar o tamanho dos “pratos” (as grandes folhas) sendo utilizada no paisagismo urbano, tanto em lagos quanto em espelhos d'água.
LENDAS E SEGREDOS SOBRE A VITÓRIA-RÉGIA
Lendas dos índios sobre a vitória-régia
Os pajés tupis-guaranis, senhores dos segredos da natureza, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer a encosta das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Naiá, filha do venerável chefe e princesa da tribo, ficou muito impressionada com a estória. E altas horas da noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo lado do horizonte, galgava as montanhas para encontrar a Lua.
Contam também os velhos adivinhos que a deusa Lua, quando gostava de uma jovem, transformava em luz toda a pureza contida em seu corpo. Depois, conduzia essa luz para as mais elevadas nuvens, onde ela se tornava estrela. Assim explicavam o surgimento das estrelas.
Naiá, querendo ser transformada em estrela, subia as colinas perseguindo a Lua. Mas, a cada colina ultrapassada, já a deusa se debruçava sobre outra, cada vez mais fascinante e fugidia. Essa busca contínua foi definhando a moça. Não havia filtros nem sortilégios dos pajés que conseguissem curá-la. A tribo acreditava que o astro acabaria indo ao encontro de Naiá.
E assim vivia a jovem a vagar nas noites enluaradas, ferindo-se nas pedras ao soluços. Certa vez, quando viu no espelho de um lagoa imagem branca da Lua, faiscando luz, atirou-se à água. Durante semanas a gente da tribo procurou-a, inutilmente, nas selvas vizinhas. No entanto, a Lua, que gerava as águas, os peixes e as plantas aquáticas, quis recompensar o sacrifício da jovem virgem. Recusando-se a colocá-la no firmamento, fê-la "estrela das águas", transformando-a em for. E fez nascer do corpo branco da infeliz Naiá uma misteriosa planta, na qual a imensa candura do espírito da jovem desabrochou numa grande flor perfumada. Depois, estirou quando pode a palma das folhas, para que ela recebesse melhor os afagos de sua luz. Por isso, à noite, Naiá desnuda-se para receber nas águas mansas, os beijos do luar.
E essa é a lenda que os índios contam sobre a origem da vitória-régia.
Segredos da vitória-régia
- Em formato de bandeja, as folhas podem ter até 2 metros de diâmetro. Elas são resistentes: chegam a suportar 45 quilos sem afundar!
- Na vitória-régia, as flores surgem só ao entardecer, nos meses de janeiro e fevereiro, e desabrocham brancas. Depois de polinizadas por insetos, mudam de cor e ficam rosadas!
- Rios não muito profundos são os ambientes preferidos dessa planta, muito
encontrada no Norte do Brasil.
- A folha da vitória-régia é cheia de nervuras, que ajudam a planta a ser bem resistente.
- A planta ganha equilíbrio e é sustentada por longas hastes espinhentas, que espantam peixes predadores.
- Sabe por que ela tem esse nome? É uma homenagem à rainha Vitória, que
governou a Grã-Bretanha de 1837 a 1901.
- Régia vem de regina, que significa rainha em latim.
- A vitória-régia está presa no solo! As raízes são grossas e bem enterradas no
lodo do rio.
- Suporta 45 quilos sem afundar!
Referências
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia dos Organismos, classificação, estruturas e função nos seres vivos . 1ª edição. Editora Moderna, 1998.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. Volume único. Editora Saraiva, 2006.
Leia também:
- Como cuidar da planta Dama da Noite? Descubra agora várias dicas!
- A majestosa árvore Sumaúma (Ceiba pentandra)
- Orquídeas: o que são, como vivem e como cultivá-las
- O Eucalipto: herói ou vilão para as florestas nativas do Brasil?
- O ESPINHO ASSOBIADOR: DESCUBRA O SEGREDO DA ÁRVORE ACÁCIA CONTRA AS GIRAFAS
- SERÁ VERDADE QUE AS PLANTAS CARNÍVORAS SABEM CONTAR PARA CAPTURAR SUAS PRESAS?
- Vocês conhecem a árvore Barriguda?
- DESCUBRA A ORQUÍDEA QUE "TRAPACEIA" UMA ABELHA PARA SE POLINIZAR!
- Por que o girassol segue o sol?
- DESCUBRA A BELEZA ÚNICA DA FLOR COM AS PÉTALAS TRANSPARENTES
- Você já ouviu falar na planta que da ovos?
Essas plantas são lindas maravilhosas!!
ResponderExcluirIncríveis não é mesmo Eva? Agradecemos pelo comentário e que tenha gostado.
ExcluirAbraços,
Equipe BioOrbis.
Espetacular, assim como tudo que Deus fez e faz (pra quem crer, claro.)
ResponderExcluirIncrível não é mesmo? As plantas nos fascinam. A questão não é de crer ou não crer e sim de apreciar a Natureza e as coisas da vida independente de religião, classe ou cor. =D
ExcluirUm grande abraço da Equipe BioOrbis.
Olá equipe! Linda, selvagem, sensual reportagem sobre vitórias-régias - um tema que me é caro. Não minto. A minha primeira editora chamou-se Uapê, nome de uma Vitória-Régia. Os nomes dos livros publicados pela extinta Uapê (já ouviram falar?), é O Rei da Montanha e Aos Ratos. Ambos indispensáveis em qualquer biblioteca séria. Obrigado.
ResponderExcluirOlá Fernando,
ExcluirDesculpe a demora em responder. Nossa que interessante, nunca ouvi falar desses livros. Gostaria muito de tê-los. Será que ainda podemos encontrá-los em alguma livraria?
Agradecemos muito pelo seu comentário. Um forte abraço.
Equipe BioOrbis.