Celacanto: a descoberta de um fóssil vivo
Não é todo dia que um fóssil vivo aparece nadando sobre as águas do mar.
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UMA DESCOBERTA DE UM FÓSSIL VIVO
Embora ela não tivesse reconhecido exatamente o que o celacanto, ela era esperta o suficiente para perceber que ele era especial e convenceu um relutante motorista de táxi a transportá-la, sua assistente e um peixe muito fedido de volta ao museu. Os orçamentos curtos novamente causaram problemas, pois não havia congeladores ou equipamentos para preservar um peixe tão grande. Ele foi, então, levado a um taxidermista, o que foi instruído a salvar até as partes não necessárias para o trabalho. Mas depois de três dias no clima quente e sem nenhum retorno do especialista de peixe mais próximo que Courtenay-Latimer conseguiu entrar em contato, o taxidermista descartou as partes moles. Quando ela contou ao presidente do conselho administrativo do museu o que ela suspeitava, ele escarneceu, sugerindo que "todos os seus gansos fossem cisnes". Aparentemente ele cogitou a ideia de descartá-lo, mas no final cedeu e autorizou a preparação e montagem do peixe.
Infelizmente, a carta dela ao especialista mais próximo levou 11 dias para chegar porque East London ainda era uma área muito remota da África do Sul e era a temporada de férias. O especialista com que ela entrou em contato era J.L.B. Smith, um instrutor de química por profissão, mas um ictiólogo por dedicação. A carta incluía uma descrição e um esboço do peixe da década. Embora muito ansioso para ver e confirmar o peixe encontrado, ele não podia sair para fazer a viagem de 560 km até East London. Ele tinha exames para administrar e corrigir. Finalmente visitou o museu examinou atentamente o peixe pela primeira vez. Era um celacanto, conhecido pela ciência até o momento apenas por meio de fósseis do Mesozoico (Figura 6). Em homenagem à pessoa (Courtenay-Latimer) e ao lugar (rio Chalamna), Smith deu ao peixe o nome Latimeria chalumnae.
Desde então, outros Latimeria foram encontrados próximos à costa leste da África e na Indonésia. Eles parecem ser predadores que vivem em profundidades de 40 a 80 braças. Graças principalmente a um capitão, uma curadora e um químico, Latimeria é novamente um fóssil vivo hoje.
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Figura 3. O celacanto (Latimeria chalumnae). Fonte da imagem: National Geographic Brasil. |
CARACTERÍSTICAS DO PEIXE CELACANTO
Devido à profundidade de seu habitat, quase todos os espécimes foram fotografados apenas por submersíveis tripulados ou operados por controle remoto. A primeira vez que mergulhadores documentaram o peixe foi em 2000; em janeiro e fevereiro de 2010, uma equipe realizou mergulhos profundos para obter imagens de uma colônia de celacantos na baía de Sodwana, na África do Sul (Figura 3).
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Figura 4. Detalhe dos olhos do celacanto. Fonte da imagem: National Geographic Brasil. |
Os peixes são facilmente reconhecíveis por distintas marcas brancas que carregam no corpo. Uma camada cristalina atrás da retina dos celacantos reflete a luz como um espelho, favorecendo sua percepção nas escuras águas do oceano.
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Figura 5. Detalhe da nadadeira do celacanto. Fonte da imagem: National Geographic Brasil. |
Semelhante à vela de um barco, sua barbatana dorsal fornece estabilidade durante o nado. Um lóbulo extra na nadadeira caudal, único dos celacantos, pode ser observado hoje e em fósseis datados de milhões de anos atrás.
A palavra "celacanto" vem do grego e significa "espinha oca" — uma referência às espinhas ocas que integram a estrutura de suas barbatanas.
A Latimeria mantém muitas das novidades dos sarcopterígeos: uma notocorda bem desenvolvida, focinho peculiar, apêndices carnosos, cauda dividida. Sua descoberta despertou grande interesse porque os últimos membros dessa linhagem teriam aparentemente desaparecido há 75 milhões de anos (Figura 6).
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Figura 6. Fóssil do Celacanto. Fonte da imagem: National Geographic Brasil. |
Você sabia?
Que os Pokémon Relicanths são baseados em Celacantos (Coelacanth, em inglês), do período Devoniano. Os celacantos como dito, teriam sido extintos no Cretáceo Superior, porém foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul, e hoje até mesmo existe um programa de investigação internacional com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos! O South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme.
Referências
KARDONG, Kenneth V. Vertebrados, Anatomia Comparada, Função e Evolução. Editora Roca LTDA, 2011. 10-3668. CDD: 596. CDU: 597/599.
Sites: National Geographic Brasil; Fósseis Pokémon.
KARDONG, Kenneth V. Vertebrados, Anatomia Comparada, Função e Evolução. Editora Roca LTDA, 2011. 10-3668. CDD: 596. CDU: 597/599.
Sites: National Geographic Brasil; Fósseis Pokémon.
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